terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Cultura do atraso atropela transporte fluvial em Belém


Do jornalista Francisco Sidou, por e-mail, para o Espaço Aberto:

Em Santarém, a Pérola do Tapajós, já operam modernas lanchas tipo catamarã (foto), desafogando o tráfego na cidade e proporcionando uma viagem agradável e altamente desestressante.
Enquanto isso, em Belém, as ruas não cabem mais carros, os passageiros e motoristas andam estressados e não se vislumbra outra solução de mobilidade urbana que não seja o ultrapassado BRT, cujas obras intermináveis só têm contribuído para aumentar mais ainda o congestionamento dos principais corredores de tráfego já saturados.
As vias de uma cidade são como as veias no corpo humano: quando elas entopem, todo o organismo entra em colapso. É o caso de Belém, em vias de comemorar 400 anos, vítima dos agentes da cultura do atraso, maus gestores e "coronéis" donos de ônibus, que teimam em ignorar o enorme potencial das abundantes águas que rodeiam a cidade como vias naturais de um transporte fluvial urbano, interligando Mosqueiro/Outeiro/Icoaraci/UFPa e as ilhas no entorno de Belém.
Há dois meses, foi aberta uma licitação para o que seria a primeira linha fluvial Icoaraci/Belém. Mas ninguém teve mais notícias sobre o seu "fechamento". Sabe-se apenas que os donos de ônibus não gostaram da ideia e fizeram chegar seu descontentamento a quem de direito. Então, a Semob explicou que não "houve interessados" e a que a licitação foi tida como "deserta"....
Por que não se rompe esse círculo vicioso da cultura do atraso e não se abre então uma licitação com abrangência nacional e internacional para explorar as novas linhas com modernas lanchas tipo catamarã ?
Boa pergunta que dificilmente vai encontrar respostas convincentes de parte da Superintendência da Imobilidade Urbana (Seimob).

2 comentários:

Anônimo disse...

Por isso apareceu eese grupo gaúcho, que está em Santarém, para operar no Marajó. Bem que esse grupo podia chegar aqui.

Anônimo disse...

O problema, caro anônimo das 08:59, é que os "coronéis" donos de ônibus e os "caciques" da Secretaria da "Imobilidade" Urbana de Belém, como bem a define o jornalista, não vão deixar jamais que um grupo do sul venha operar qualquer linha em Belém, seja por terra, mar ou ar... Por aqui "tá tudo dominado" pelo pessoal da cultura do atraso, como também bem o define o jornalista Francisco Sidou em seu oportuno comentário, como de hábito, aliás.