Temer não pode parar de pensar que todos somos burros?

Muito engraçado o vice-presidente da República, Michel Temer, não é?
Ele é um constitucionalista respeitado.
É um político experiente.
Tarimbado.
Prudente.
Mas essas credenciais não lhe conferem - como a ninguém - o direito de pensar que todos somos burros.
Temer surpreendeu a República como uma carta inédita, em que vergasta - huuu! - a presidente Dima Rousseff.
As bem traçadas linhas do vice representam, na prática, um rompimento dele com o governo a que pertence.
Mas o que diz Temer? Que sua carta, em verdade, não propõe o rompimento com Dilma.
Imaginem só então quando ele propuser isso!
É claro que aqui foi uma proclamação - como estilo e prosa - do rompimento do PMDB com  governo.
Temer não poderia, então, convencer-se de que não somos burros?
Será que não pode convencer-se de que ele, escrevendo o que escreveu, não é o dono exclusivo do sentido de suas palavras?