quarta-feira, 18 de novembro de 2015

"Já acabou, Jéssica?" Não deveria ter nem começado.



Vejam só como esse mundo virtual, sobretudo nas redes sociais, não tem lógica alguma, é desvairado, irracional e banaliza situações escabrosas, ao mesmo tempo em que é capaz de fazer um escândalo e de exagerar certas situações banais.
Esse vídeo vem tendo, há cerca de uma semana, milhares e milhares de visualizações na internet.
Está viralizando aceleradamente.
Se vocês forem somar o número de visualizações obtidas pelas dezenas de versões, o número de views já está chegando a 1 milhão, senão mais.
Pois é.
O que é isso?
Não se sabe se pancadaria em que duas moças - estudantes, vale dizer - se envolvem é mesmo em Belém ou em outra cidade paraense.
Mas uma das brigonas aparece trajando a camisa do Pará.
Pois é justamente essa que, depois de apanhar, de ser socada, de ser muquiada pela oponente, levanta-se do chão, faz uma pose desafiadora e pergunta: "Já acabou, Jéssica?".
Pronto.
Só por isso, só por causa da pergunta e postura desafiadora e arrogante da mocinha que foi espancada, a coisa viralizou.
É mais quem criou memes com a versão "Já acabou, Jéssica?"
Mas isso não é a essência da questão.
A postura desafiadora, arrogante e destemida da moça que apanhou não significa nada.
A essência da questão está na violência que estudantes levam às ruas, quando se enfrentam a céu aberto, em verdadeiras batalhas campais.
É isso que deveria ser discutido.
E tanto é assim que, em resposta ao vídeo “Já acabou, Jéssica?”, a Polícia Militar de Minas Gerais divulgou uma imagem no Facebook (veja abaixo) com a frase: “A Jéssica já acabou… mas não devia nem ter começado. Agressão não tem graça, é contravenção penal e gera responsabilidades”.
Pronto.
Essa é a questão.


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