Do Fato Notório
O Quarto Juizado Especial Cível de Brasília (DF) rejeitou ação de reparação de danos morais proposta pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que se sentiu ofendida com a publicação de reportagem no site da revista "Veja" – "Fornecedores da Petrobrás sob suspeita financiaram campanha de 121 parlamentares em atividade" –, publicada em 7 de maio de 2014..
Caso – A deputada federal Jandira Feghali ajuizou ação indenizatória em face da empresa "Abril Comunicações S/A", questionando o conteúdo da reportagem, que afirmou que ela teria recebido R$ 260 mil, a título de doação de campanha, de empresas suspeitas de envolvimentos em ilicitudes com a Petrobras. A parlamentar afirmou que teve seus direitos de personalidade atingidos devido à matéria.
A revista Veja, em sede de contestação, pontuou que a reportagem publicada envolve interesse público e se limitou a reproduzir os fatos que foram apurados. A empresa de comunicação afirmou, também, a ausência dos elementos caracterizadores da responsabilidade civil.
Decisão – A sentença prolatada pelo juiz Aiston Henrique de Souza consignou que a reportagem questionada na ação está protegida pela liberdade de imprensa, "estabelecida como um dos pilares da democracia".
O juiz ponderou que autora é deputada federal, detentora de mandato eletivo, o que autoriza – "com mais razão" – a crítica, em face da transparência que se exige da atividade pública, de interesse coletivo, em todos os níveis.
Aiston Henrique de Souza, por fim, consignou que a publicação questionada não apresenta traço de abuso ou excesso no exercício do direito à informação e que a parlamentar não negou o seu conteúdo: "A autora não nega ter recebido as doações destacadas na matéria, a qual se funda nos levantamentos realizados no sítio do TSE (fls. 136/140). Portanto, as notícias veiculadas não superam os limites da informação jornalística, pois apresentam conteúdo de interesse eminentemente público".
Um comentário:
Mas "disquerda", seu Espaço, é diferente, sabia?
"Disquerda" é tudo para o povo, sacuné né!
Poxa, Veja, sisqueceu disso?!
(a deputada cara de pau nem negou, a cara nem tremeu quando recebeu a grana; mas se sentiu terrivelmente ofendida pela divulgação, ohhhhhhhh).
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