segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Maior feira de mineração do Norte abre nesta segunda

A mineração é o principal produto da pauta de exportação no Pará. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) dos US$ 15,8 bilhões em exportações totais do Pará em 2013, as indústrias de mineração e transformação mineral responderam por 88% deste valor. Juntas exportaram US$ 13,9 bilhões, fazendo do setor mineral o grande vetor de crescimento do comércio exterior paraense. Até 2018, segundo o IBRAM, serão investidos no Brasil perto de US$ 53 bilhões em novos projetos, sendo que cerca de 30% serão destinados ao estado do Pará. Todo esse desenvolvimento do setor estará na maior vitrine da mineração do Norte, a Exposibram Amazônia 2014, que será aberta nesta segunda-feira, 17, no Centro de Convenções e Feiras da Amazônia – Hangar. Em sua quarta edição, a feira tem expectativa de atrair um público de doze mil visitantes.
A mineração desponta como a grande impulsionadora da geração de empregos, no Pará. Segundo o Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração do Brasil) a cadeia produtiva mineral é uma das principais geradoras de emprego, respondendo por 271 mil postos de trabalho diretos e indiretos no estado. “E o potencial de geração de empregos é bastante interessante. Para cada emprego direto estão sendo gerados outros 13 empregos em toda a cadeia produtiva. E nos próximos três anos, há uma demanda de 99 mil novos postos de trabalho por conta da expansão e instalação de novos projetos minerais no Pará”, destaca Rinaldo Mancin, diretor de Assuntos Ambientais do Ibram.
O diretor do Ibram destaca ainda que a mineração no Brasil tem sido pautada no pilar da sustentabilidade. “O mais importante é que os novos investimentos estão comprometidos com a sustentabilidade, tendo empresas de alta credibilidade e com ações totalmente em sintonia com essa questão. Com isso, além de todas as oportunidades diretas e indiretas, a mineração gera tributos, impostos e movimenta toda a economia regional”, observa.
O executivo ressalta que o Pará é o futuro da mineração e que deve ultrapassar, brevemente, Minas Gerais, hoje o maior estado minerador do país. “A mineração é realizada há 300 anos no Brasil e Minas Gerais está há mais tempo dedicada à atividade mineral. Na verdade, os novos potenciais minerais estão sendo descobertos na região Norte. E o Pará é uma província mineral de proporções gigantescas. Temos aqui a maior reserva de minério de ferro do mundo, mas além disso temos outros minerais bastante interessantes que estão sendo trabalhados, como o cobre e níquel. Não tenho dúvida que daqui a alguns anos, o Pará vai ultrapassar Minas Gerais como destino prioritário dos investimentos de mineração no país”, garante.
Mancin ressalta, ainda, que a Exposibram já se consolidou como a maior feira de mineração do Norte e que é uma oportunidade ímpar para se conhecer mais o setor e de que forma ele contribui para o desenvolvimento sustentável do estado e do país. “Na feira, vamos realizar o Congresso da Mineração, que contará com palestrantes nacionais e internacionais que vão debater os desafios da mineração e as oportunidades para o incremento da sustentabilidade e para participação das comunidades. Será uma belíssima oportunidade e as pessoas não podem perder essa chance de visitar a maior vitrine da mineração no Norte”, comenta.

Ampla programação com debates e palestras
Reunindo grandes nomes do setor mineral, o 4º Congresso de Mineração da Amazônia, assim como nas edições anteriores, espera média de público de 500 congressistas. Minicursos, painéis, talk-show, palestras magnas e lançamento de publicações compõem as atividades do evento, que discute desafios e tendências do setor a cada dois anos.
Na programação, o minicurso “Novas dinâmicas do licenciamento ambiental” traz Luis Enrique Sánchez, Chefe do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo, Professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e Ex-Presidente da Associação Internacional de Avaliação de Impacto (IAIA). O debate será sobre os 30 anos de aplicação do Licenciamento Ambiental no Brasil e a necessidade de se compatibilizar a competitividade com a sustentabilidade.
O 4º Congresso de Mineração da Amazônia busca exatamente isso: debater os desafios que, em virtude do cenário socioeconômico atual, o setor enfrenta para expansão de atividades. Segundo o Gerente Executivo do IBRAM Amazônia, Ronaldo Lima, abordar esse tema é importante para mostrar como a mineração moderna vem sendo desenvolvida na Região Norte. “O Congresso apresentará temas importantes para o meio ambiente, como a questão climática, diminuição de emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa) na mineração e redução na utilização de caminhões”, comenta.
Ronaldo destaca ainda a contribuição que a mineração traz para a população paraense. “Cidades com projetos mineradores costumam ter um maior IDH, podemos ver isso em lugares como Parauapebas e Canaã dos Carajás. Em um Estado em que mais de 30% do PIB corresponde à mineração, é fundamental desmistificar a imagem da mineração como prejudicial”, ressalta.
A importância econômica dos segmentos produtivos da bauxita e da alumina estará na pauta do 2º Workshop de Bauxita & Alumina da Amazônia, que será realizado nos dias 18 e 19 de novembro. O encontro integra a programação oficial da EXPOSIBRAM Amazônia 2014, e será promovido pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) e pelas empresas Alcoa, Hydro e Votorantim Metais. As inscrições para o workshop são gratuitas, com vagas limitadas, e poderão ser feitas pelo e-mail comunicacao.informa@hydro.com.br.
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de bauxita e de alumina. Do estado do Pará saem 84% da extração nacional de bauxita e 54% da produção de alumina; os dois produtos, além de formarem hoje a principal pauta de geração de divisas para o setor, garantem vantagens na agregação de valor nas etapas seguintes da cadeia do alumínio.
Além desses debates, os participantes poderão assistir a painéis como “O desafio do diálogo entre povos indígenas e a mineração: boas práticas apontam o caminho” e o talk-show “Mineração: consolidando o desenvolvimento nos territórios minerais”. A programação completa do Congresso está disponível no site do evento (www.exposibramamazonia.org.br).
Os patrocinadores da Exposibram Amazônia 2014 até o momento são: Vale S.A., AngloAmerican, Hydro, Sinferbase, Mineração Rio do Norte, John Deere, Imerys e Votorantim Metais. O evento conta também com os seguintes apoios institucionais: Governo do Pará, Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção Civil (Anepac), Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e Instituto Aço Brasil. Apoiam editorialmente as revistas Brasil Mineral, Minérios & Minerales, Mineração & Sustentabilidade, Eae Máquinas, In The Mine, M&T, Tracbel, Amazônia e Areia & Brita e os portais Notícias de Mineração Brasil e InfoMine.

SERVIÇO
Exposibram Amazônia 2014
17 a 20 de novembro
Horários:
Abertura Oficial: 17/11, às 17h
Exposição Internacional de Mineração da Amazônia: 18, 19 e 20/11, 16h às 22h
4º Congresso de Mineração da Amazônia: 18, 19 e 20/11, 8h30 às 17h30
Público Alvo: Profissionais, técnicos e estudantes, do setor público e privado, principalmente da Amazônia.
Local: Hangar Centro de Convenções & Feiras da Amazônia – Belém (Pará)
Inscrições pelo site: www.exposibramamazonia.org.br.

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