segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Campanhas passam ao largo das doações de "enroladas" no Petrolão
As campanhas majoritárias para o governo do Pará passaram ao largo, parece, das doações de empresas que estão enroladas, para não dizer enroladíssimas, no escândalo da Petrobras.
Até agora, não foram detectadas doações da Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Júnior e OAS para os candidatos que disputaram o governo do Estado nas eleições de outubro passado.
Para não dizer que não tivemos empreiteiras na parada, registre-se a contribuição - veja aí em cima, na imagem pinçada diretamente do sistema de prestações de contas da Justiça Eleitoral - da Construtora Andradez Gutierrez, que compareceu com R$ 500 mil em favor da candidatura de Helder Barbalho (PMDB). Mesmo assim, os recursos, originalmente, foram repassados à direção nacional do partido, que os transferiu para o candidato peemedebista.
Tanto a Andrade Gutierrez como a Odebrecht, dois gigantes da construção civil no país, tiveram executivos seus citados pelo doleiro Alberto Yousseff e pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que contribuíram com as investigações por meio da delação premiada. Mas nenhum representante das duas empresas foram presos na sétima fase da Operação Lava Jato.
O Ministério Público Federal chegou a pedir a prisão de dois altos executivos da Odebrecht, mas a decretação das prisões foi recusada pelo juiz federal Sérgio Moro, que autorizou, no entanto, uma incursão na sede da empresa em busca de provas.
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