Mudou substancialmente - senão da água para o vinho - a conjunção de forças para a eleição da nova Mesa da Assembleia Legislativa.
E mudou mais cedo do que se imaginava.
O que vinha sendo traçado no horizonte próximo, até agora, era a consolidação do bloco PT-PMDB, que estava contando com apenas cinco votos para obter a maioria absoluta de 21 e eleger o novo presidente da Mesa, afrontando a chapa adversária, apoiada pelo governo do Estado.
Mas o fato novo - para muitos novíssimo e surpreendente - da renúncia do tucano José Megale à condição de candidato a presidente da Assembleia levou a um certo, digamos assim, refluxo no assanhamento político de petistas e peemedebistas.
É que uma das motivações básicas, essenciais para que o PT - e principalmente este - e PMDB pugnassem por uma candidatura dita alternativa era a alegada hegemonia tucana, no âmbito do Estado e nas prefeituras de Belém, Ananindeua, os dois maiores colégios eleitorais do Estado.
Mas eis que a opção do governo, em apoiar o lançamento da candidatura de Márcio Miranda mudou as coisas.
Mudou, como diríamos, a sensação de hegemonia que atormentava todo dia, o dia todo, tucanos e peemedebistas.
É que Márcio Miranda é do DEM.
E, além de tudo, carrega a condição de ter sido, em outubro último, derrotado pelo PMDB na disputa pela Prefeitura de Castanhal.
Pronto.
Como Miranda não é do PSDB, é um bom articulador e assume a condição de candidato sem a aura de imbatível e sem a empáfia do vencedor, suas excelências estão mais afeitas a novas conversas, novas articulações e novas sensações.
Daí os discursos dos últimos dias - inclusive do peemedebista Martinho Carmona, até aqui o candidato da bloco PT-PMDB - de que já se vislumbra, concretamente, a possibilidade de uma composição ampla, evitando-se com isso a disputa.
Mas, com certeza, a flexibilização das posições não se deve apenas à perda da tal sensação de hegemonia.
Como se diz, há mais coisas no ar do que avião de carreira.
Bem mais.
2 comentários:
Levando em consideração o papel histórico do DEM/PA de "sucursal" do PSDB, não vislumbro nenhuma alteração quanto ao plano de hegemonia do partido governista.
O interesse maior da Eleição da Mesa Diretora da ALEPA, são os R$50.000.000,00 lá pra suposta cosntrução da nova Sede da ALEPA. Esta é a verdade dos fatos sobre a Eleição na ALEPA.
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