Da Agência Pará
A Prefeitura de Paragominas divulgou nesta terça-feira (4) nota sobre o ataque de madeireiros a fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), policiais militares e índios Tembé, ocorrido no último sábado (1º), na reserva indígena Alto Rio Guamá, em Nova Esperança do Piriá, nordeste do Estado. O cacique Valdeci Tembé, que desaparecera desde o dia do ataque, já foi localizado. Ele passa bem.
Informações imprecisas e o fato de a reserva abranger vários municípios levaram a imprensa a noticiar erroneamente que o ataque ocorrera em Paragominas. O prefeito do município, Adnan Demachki, diz que já denunciara antes a extração ilegal de madeira no Alto Rio Guamá. Segundo ele, madeireiros de Nova Esperança do Piriá entram pelos fundos da reserva, em pequena área no território de Paragominas.
“Entramos em contato com o Ministério Público Federal (MPF) e colocamos o município de Paragominas à disposição do Ibama no sentido de ceder, se necessário, caminhões para transportar máquinas apreendidas. Também asseguramos local adequado para guardar bens e máquinas e ônibus para transportar a PM para a estrada que dá acesso a Nova Esperança do Piriá”, afirma o prefeito.
Segundo informações do MPF, a madeira que resultou nos ataques foi apreendida em 2011, depois de ser extraída ilegalmente de dentro da terra Indígena, mas só agora o Ibama pode fazer cubagem, para posterior retirada. Os policiais e fiscais teriam sido surpreendidos pelos madeireiros, que atiraram contra a equipe. Não há notícia de feridos, mas dois policiais militares estariam desaparecidos.
A equipe de agentes ambientais fazia a retirada de madeira apreendida dentro do território de índios Tembé, na reserva indígena Alto Rio Guamá, que fica no limite do Estado do Pará com o Maranhão e abrange territórios de seis municípios paraenses: Paragominas, Garrafão do Norte, Santa Luzia do Pará, Nova Esperança do Piriá, Capitão Poço e Cachoeira do Piriá.
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