Quem já ouviu - e poucas pessoas ouviram - garante ao Espaço Aberto: é nitroglicerina pura a outra gravação que o senador Mário Couto (PSDB) ainda guarda, sobre a conversa que teve com o advogado Paulo Hermógenes.
O novo material, que também será remetido ao Tribunal de Justiça e ao Ministério Público, traz vários trechos em que o advogado, de forma bem mais clara e contundente em relação aos contidos em gravações já em poder do TJE, se manifesta como se o fizesse fosse em nome do juiz Elder Lisboa da Costa. O magistrado, segundo a versão do advogado, estaria disposto a receber propina para excluir o senador tucano de processo em que ele figura como réu, acusado de fraudes na Assembleia Legislativa.
O próprio advogado já desmentiu enfaticamente as acusações, em manifestação colhida por escrito pelo Ministério Público. O magistrado, por sua vez, não apenas negou as acusações como autorizou a abertura de todos os seus sigilos (bancários, fiscais e telefônicos) para demonstrar sua inocência, até porque, conforme afirma, jamais teve qualquer contato com o advogado. Lisboa também recebeu a solidariedade da Associação dos Magistrados do Pará, que considerou as denúncias de Mário Couto absurda e surreal.
O Espaço Aberto apurou que novos trechos da conversa, todos inéditos em relação aos que já foram divulgados, estão sendo recuperados pela assessoria do senador. Não há muito certeza, ainda, se haverá êxito completo na restauração de todo o material, que exibe, com maior nitidez, as vozes tanto de Mário Couto como de Paulo Hermógenes, durante conversa que tiveram na residência do parlamentar.
O senador resolveu voltar ao ataque porque considera mentirosas, despropositadas e desprovidas do menor crédito as afirmações feitas pelo advogado ao MP, segundo as quais ambos - Paulo Hermógenes e Mário Couto - beberam à farta em meio às conversas que tiveram e acabaram gravadas.
Mário Couto garante que, em decorrência de problemas de hipertensão, aboliu totalmente o álcool e o fumo de seus hábitos há muitos anos, fato que, por si mesmo, já seria o suficiente para descredenciar as declarações de Paulo Hermógenes.
Um comentário:
Ahhhhh, já sei!
Fumaram cigarro de índio e beberam daquela erva alucinógena.
Ambos os dois juntos ao mesmo tempo.
Próximo capítulo por favor.
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