quinta-feira, 19 de julho de 2012

O que ela disse

"Eu sou juíza e estou ameaçada de morte.
[...]
"Há pouco mais de um mês, ordenei a desocupação imediata de Área de Proteção Ambiental (APA) pertencente à CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). Ela havia sido invadida por integrantes do MTST, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto.
[...]
"A partir daí, porém, recebi ameaças de morte, inclusive registradas pela Polícia Militar, por conta de minha sentença favorável à manutenção da APA. Fiquei sinceramente espantada. Nunca imaginei que alguém pudesse tentar me coagir por defender o meio ambiente.
[...]
"Claro que sinto medo. Sou humana. É normal.
[...]
“Há 15 dias, dispensei a escolta armada que me protegia.
[...]
"Viver se sentindo como um refém é horrível. É pior do que muitas sentenças que já dei nesses anos de magistratura. Você não fica mais totalmente relaxada. O medo passa a ser sua companhia. E passou a me acompanhar em todos os lugares."

Barbara Carola Hinderberger Cardoso de Almeida, juíza em Embu das Artes (SP), em artigo publicado na “Folha de S.Paulo” e reproduzido no Consultor Jurídico.

Um comentário:

Anônimo disse...

O que dirão os direitos humanos? Nothing.