terça-feira, 26 de outubro de 2010

Carros, celulares... Refundem a administração do Remo!

E o Conselho Deliberativo do Remo?
Como anunciado, reuniu-se.
E como era de se esperar, nada decidiu.
Porque o Conselho Deliberativo, vocês sabem, nada decide.
Para dizer que não decidiu, tomou uma decisão.
Uma decisãozinha, digamos assim, mas decisão.
Mandou notificar Sua Senhoria o presidente, Amaro Klautau, para que se defenda da acusação de ter destruído o patrimônio do clube.
A destruição, no caso, ocorreu quando Amaro, na calada, no silêncio de uma madrugada, mandou que passassem a mão numa marreta para pôr abaixo o pórtico do estádio Baenão que tinha o escudo do Remo.
No mais, o que fez o Condel.
Fez o mais do mesmo.
Conselheiros bateram boca, reafirmaram acusações, expuseram argumentos já repetidos e nada...
Nada de nada.
Mas teve um detalhe, no bate-boca, que chamou atenção.
O presidente do Remo confirmou – ele mesmo, ele próprio – denúncia do conselheiro Ronaldo Passarinho, de que alugou um carro e contratou os serviços para dez telefones celulares.
Amaro, segundo disse, fez isso em favor dos interesses do Remo.
Olhem só.
Isso é uma brincadeira.
O Remo, na situação em que se encontra, sem dinheiro para pagar humildes funcionários, sem pagar atletas, na iminência de ter seus bens levados a leilão, levados à hasta pública, mas tendo que arcar com despesas que incluem um carro alugado e dez telefones celulares!
Dez.
Um, dois, três, quatro... dez.
E o Conselho Fiscal do Remo, onde está?
Existe?
Monitora as contas?
Monitora as despesas?
Avalia a pertinência delas?
Mensura seus impactos nas finanças globais do clube?
O Remo, fora de brincadeira, precisa ser refundado.
Ou melhor, o Remo não, mas sua administração.
Precisa ser refundada, recriada.
É preciso deletar, apagar procedimentos de gestão que empurraram o clube para a situação em que se encontra.
Fora de brincadeira.

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