Articuladores políticos – não todos, mas alguns – chegaram a ensaiar a montagem, nos últimos dias, de alguns cenários sobre o julgamento de hoje à tarde, no Supremo Tribunal Federal (STF), que vai decidir se mantém ou não a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou o deputado federal Jader Barbalho (PMDB) inelegível.
Chegou-se à seguinte conclusão: em termos de eleição para o governo do Estado nada muda, perca ou ganhe Jader no Supremo.
Inelegível ou elegível, o deputado não terá mais a menor possibilidade de interferir nas eleições em segundo turno no Pará.
Primeiro, porque a votação será no próximo domingo. Daqui até lá faltam, portanto, apenas quatro dias, tempo exíguo demais para movimentos eleitorais capazes de interferir expressivamente na votação.
Segundo, porque Jader resolveu liberar sua tropa, deixando-a cada um à vontade para apoiar Jatene ou Ana Júlia.
Isso, repita-se, em termos de eleição para o governo do Estado.
Em relação ao pleito para o Senado, no entanto, as repercussões do julgamento de hoje serão das mais relevantes.
Se Jader perder no Supremo, ninguém sabe ainda se vai ser necessária uma nova eleição para o Senado.
Se o deputado ganhar no STF, ele automaticamente terá computados a seu favor os votos que até agora estão em separado. E então passará à condição de eleito como o segundo colocado no pleito, com 1,799 milhão de votos.
Os cenários montados pelos articuladores pararam por aí.
Ninguém se permitiu perder tempo com mais especulações, se até os ministros do Supremo ainda não sabem, segundo se presume, como é que vão desempatar o jogo se a votação terminar em 5 a 5, como no caso Roriz.
Por isso, todos preferiram esperar.
Esperar e acompanhar atentamente o julgamento de hoje.
De olho na TV.
Nenhum comentário:
Postar um comentário