quarta-feira, 24 de junho de 2020
Gente, muita gente, nas ruas. Gente, muita gente, morrendo. Eis o nosso "novo normal".
terça-feira, 23 de junho de 2020
Alepa empossa Ozório Juvenil no lugar de Iran Lima, cassado pelo TSE há mais de um mês
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Iran Lima, numa das sessões remotas da Alepa, no período em que já estava cassado |
A Assembleia Legislativa do Pará empossou formalmente, nesta terça-feira (23), o deputado Ozório Juvenil (MDB) para exercer o mandato no lugar do também emedebista Iran Lima, que deixa o cargo depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferiu o registro de sua candidatura por ter sido condenado por improbidade pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
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Ozório Juvenil, agora deputado |
A posse de Juvenil marca o encerramento de uma novela que já se arrastava desde o final de abril. Logo depois que o TSE indeferiu o registro da candidatura de Iran, o Tribunal Regional Eleitoral retotalizou os votos e emitiu o diploma para o suplente no dia 15 de maio.
Mesmo com a emissão do diploma, a Assembleia
Legislativa abriu um rito para afastar o parlamentar, que assim continuou não
apenas votando como ainda assumiu a presidência do colegiado mais importante da
Alepa, a Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ).
Informado pelo blog sobre a demora da Alepa em
afastar Iran do cargo, o Ministério Público Eleitoral, por meio do procurador
regional Felipe de Moura Palha e Silva, primeiro encaminhou uma manifestação à presidência do TRE,
pedindo providências.
Posteriormente, na última quinta-feira (18), o
procurador ingressou com um pedido de cumprimento da sentença do TSE, alertando
que poderia ser usada até mesmo força policial para compelir a Alepa a dar posse ao suplente, independentemente
das ações criminais a que ficariam sujeitos o presidente da Assembleia, Daniel
Santos, e o próprio Iran Lima, por descumprimento de decisão judicial.
CLIQUE AQUI PARA LER TODAS AS POSTAGENS DO BLOG SOBRE O CASO IRAN LIMA
Weintraub quase vem para o Basa. A Amazônia se livrou de um pesadelo!
Coleção de Beltrame, apreendida pela PF, inclui obras de Iberê Camargo, Burle Marx, Di Cavalcanti e Siron Franco
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Parte do acervo de Alberto Beltrame, apreendido hoje de manhã (foto da Polícia Federal) |
As obras apreendidas na manhã desta terça-feira (23), em imóvel pertencente ao secretário de Saúde do Pará, Alberto Beltrame, incluem-se quadros de Vicente do Rego Monteiro, Iberê Camargo, Burle Marx, Di Cavalcanti, Djanira, Siron Franco, dentre outros, além de pinturas e esculturas de arte sacra e decorativa que compõem conjunto significativo que ilustra as artes plásticas do Século XX no Brasil.
As informações foram atualizadas no início da
noite de hoje, pela Polícia Federal, que mobilizou 25 policiais na Operação Matinta Pereira, em Porto
Alegre e Xangrilá, ambas as cidades no Rio Grande do Sul. A operação é a
segunda fase da Para Bellum,
deflagrada em Belém e São Paulo, no dia 10 de junho, para investigar indícios
de irregularidades na aquisição de respiradores imprestáveis pelo governo do
Pará. As diligências também foram ordenadas pelo ministro do STJ Francisco
Falcão, o mesmo que autorizou a operação realizada em Belém e São Paulo.
“Nesta fase preliminar, ainda não se pode
atestar a autenticidade das obras. Contudo, está sendo feito contato com
instituições de arte (museus) que possam custodiar e avaliar tal acervo, bem
como fazer a manutenção e conservação das peças artísticas”, informou a Polícia
Federal.
Beltrame
se manifesta – Em nota distribuída à Imprensa, o secretário de
Saúde, Alberto Beltrame disse o seguinte:
Esclareço que as obras de arte que estão no meu apto em Porto Alegre são fruto de 35 anos de trabalho.
Todas elas foram adquiridas antes de minha gestão como Secretário de Saúde no Pará.
Algumas obras são cópias e as que têm valor foram declaradas no meu imposto de renda.
Foram pagas com transferências bancárias e tenho suas notas fiscais.
Todo o meu patrimônio é absolutamente compatível com a renda que auferi com meu trabalho ao longo deste tempo.
Por fim, informo que os valores pagos pelos respiradores no estado do Pará foram integralmente devolvidos aos cofres do estado.
Alberto Beltrame
PF deflagra a 2ª fase da Para Bellum e apreende dezenas de obras de arte no Rio Grande do Sul
Matéria atualizada às 18h15
A Polícia Federal apreendeu, na manhã desta terça-feira (23), em Porto Alegre e Xangrilá, ambas no Rio Grande do Sul, dezenas de obras de arte na residência de um dos investigados na Operação Para Bellum, deflagrada em Belém e São Paulo, no dia 10 de junho, para investigar supostas irregularidades na compra de 152 respiradores pelo governo do Pará.
“Esta segunda fase tem por objetivo colher mais
elementos sobre a participação de um dos investigados dentro dos fatos sob
apuração, bem como verificar se há compatibilidade entre seu patrimônio e
rendimentos”, informou a PF.
As diligências, que a Polícia Federal denominou
de Matinta Perera, são a segunda fase da Para Bellum e também foram ordenadas
pelo ministro do STJ Francisco Falcão, o mesmo que autorizou a operação realizada
em Belém e São Paulo. Participaram 25 policiais.
Durante a Para Bellum, em Belém, a FP apreendeu cerca de R$ 750 mil num cooler que estava na casa de Peter Cassol Silveira, então secretário-adjunto de Gestão Administrativo da Sespa. Em sua página no Facebook, ele se intitular de “Paraúcho do Coração”. Cassol foi exonerado pelo governador Helder Barbalho no mesmo dia da operação.
Beltrame
se manifesta – Em nota distribuída à Imprensa, o secretário de
Saúde disse o seguinte:
Esclareço que as obras de arte que estão no meu apto em Porto Alegre são fruto de 35 anos de trabalho.
Todas elas foram adquiridas antes de minha gestão como Secretário de Saúde no Pará.
Algumas obras são cópias e as que têm valor foram declaradas no meu imposto de renda.
Foram pagas com transferências bancárias e tenho suas notas fiscais.
Todo o meu patrimônio é absolutamente compatível com a renda que auferi com meu trabalho ao longo deste tempo.
Por fim, informo que os valores pagos pelos respiradores no estado do Pará foram integralmente devolvidos aos cofres do estado.
Alberto Beltrame
Bolsonaro vai dar um golpe? Perguntem a todos, menos a Bolsonaro ou a alguém próximo a ele.
segunda-feira, 22 de junho de 2020
Ufopa indica tendência de queda no avanço da pandemia no oeste do Pará, mas recomenda cautelas
Um estudo desenvolvido pelo Laboratório de Aplicações Matemáticas (Lapmat), conduzido pelo reitor Hugo Alex Diniz, reitor da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), projeta uma tendência de queda nos índices de novos casos e de novos óbitos da pandemia da Covid-19 na região. “Mas as medidas restritivas devem continuar”, alerta o professor.
Diniz ressalta que os números relativos à doença
são diferentes mesmo em municípios que compõem uma microrregião como o oeste do
Pará, daí ser necessário o monitoramento constante para que se possa aferir como
se comportam os números relativos à pandemia em cidades como Santarém, por
exemplo. “A pandemia não é só uma. São pandemias”, ensina o reitor.
O Espaço
Aberto procurou o professor após a Ufopa informar, no dia 11 de junho, que o auge da pandemia no Pará ocorreu em
fins de maio e início de junho e apresentava uma tendência de queda. “Na porção
oeste do estado, porém, estima-se que o pico poderá ocorrer na próxima
quinzena, no dia 17 ou 26 de junho”, informou a Universidade.
No dia 19 de junho – portanto, apenas no início
da quinzena mencionada no dia 11 -, nova matéria da Ufopa informou haver uma estimativa de que já tivesse passado o pico da pandemia, consolidando o movimento
de queda nos números diários, “mas ainda assim podendo acumular mais de 7.500
casos confirmados e 370 óbitos até o fim do mês”.
“Esse estudo não tem um caráter preditivo. E um
cenário que pode vir a se confirmar”, reforça Diniz. “Tendo iniciado um movimento
de queda, isso não significa que as medidas de enfrentamento devem ser
minimizadas”, avisa o professor.
AGE apura indícios de fraudes na Sejudh. Documentos recolhidos abrangem o período de 2015 a 2020.
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Servidores da AGE na Sejudh, durante a Operação Huios (fotos Divulgação AGE) |
A Auditoria Geral do Estado do Pará (AGE) deflagrou na manhã desta segunda-feira (22) o que denominou de Operação Huios, para apurar indícios de fraudes em processos licitatórios na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado (Sejudh), em Belém. O Departamento de Combate à Corrupção da Polícia Civil apoiou a operação, realizada após a AGE receber uma série de denúncias de possíveis irregularidades em processos licitatórios e compra de material que não foi repassado aos programas da secretaria.
Foram colhidos documentos referentes a contratos,
convênios, termos de parcerias e processos licitatórios no período de 2015 a
2020 do Programa Estadual de Proteção à Defensores de Direitos Humanos
(PEPDDH), Programa Estadual de Proteção à Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita)
e Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM).Rogério Barra: na Sejudh de janeiro de 2019
até maio deste ano. Tom do discurso
do pai dele está subindo cada vez mais.
Os policiais
fizeram uma inspeção no setor de licitações e financeiro da Sejudh e recolheram
documentos e equipamentos, que serão encaminhados para análise na AGE e Polícia
Civil.
Durans e
Rogério Barra - Em 2015, quando o governador tucano Simão Jatene assumiu, a Sejudh
foi ocupada por Michell Durans. A partir do início do governo Helder Barbalho,
a secretaria esteve sob o comando de Rogério Barra, que deixou o cargo em 22 de
maio. Filho do deputado federal delegado Éder Mauro, Rogério era presidente do
Partido Social Liberal (PSL) quando entrou na equipe do governo estadual, além
de já ter trabalhado como advogado, coordenador de controle interno e
consultor jurídico na Secretaria de Estado de Pesca.
Éder Mauro,que integra a base de apoio
bolsonarista no Congresso, está elevando cada vez mais seu discurso e tem usado
suas redes sociais para fazer críticas cada vez mais duras e frequentes ao
governo do estado.
O procedimento investigatório tem prazo de 180 dias para ser finalizado, podendo ser prorrogado. Sendo confirmados os indícios de irregularidades, a denúncia será encaminhada para os órgãos de controle tomarem as providências cabíveis.
domingo, 21 de junho de 2020
MP Eleitoral, no Pará e em Brasília, caminha afinado no caso em que a Alepa resiste em afastar do mandato o cassado Iran Lima
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Brill de Góes: permanência de Iran Lima no mandato é "inobservância do ato judicial e, por isso mesmo, deve ser vigorosamente combatida pelo órgão do Ministério Público Eleitoral" |
O MP Eleitoral, tanto aqui em Belém, através da Procuradoria Regional, que atua junto ao TRE, como em Brasília, através de Procuradoria-Geral, que atua junto ao TSE, tem monitorado atentamente, e em completa sintonia, a resistência da Assembleia Legislativa do Pará em concluir os seus ritos regimentais para afastar do mandato o deputado estadual Iran Lima (MDB).
Antes de ingressar com o pedido de cumprimento de sentença, na última quinta-feira, 18 de junho, o procurador regional, Felipe de Moura Palha e Silva, deu ciência das protelações da Alepa ao vice-procurador-geral eleitoral, Renato Brill de Góes. No pedido, o MP Eleitoral fala até em uso de força policial, se necessário, para que a decisão do TSE seja cumprida, sem prejuízo da responsabilização criminal dos envolvidos na desobediência à sentença judicial.
“Aligeire-se que o mandato já é de direito do
suplente, não sendo razoável que a morosidade de um procedimento interno
declaratório de cassação de mandato proporcione que uma pessoa sem legitimidade
democrática continue a praticar atos parlamentares de cargo político que perdeu
por decisão da Justiça Eleitoral”, diz Moura Palha no Ofício 2562/2020-GPRE,
assinado no dia 9 de junho.
No 15 de junho, foi o procurador regional
eleitoral quem recebeu de Brill de Góes o Ofício nº 105/2020 – RBG/PGE, no qual
o vice-procurador-geral eleitoral deixa claríssimo que a permanência de Iran
Lima no exercício do mandato “resulta na inobservância do ato judicial e, por
isso mesmo, deve ser vigorosamente combatida pelo órgão do Ministério Público
Eleitoral”.
Brill de Góes acrescenta: “Sendo assim, oriento
Vossa Excelência a ajuizar, junto à Corte Regional Eleitoral, petição simples,
buscando o imediato cumprimento da decisão judicial proferida nos autos do RO
nº 0602252-98.2018.6.14.0000, com espeque no art. 536, caput, e § 1º, do Código
de Processo Civil, e sem prejuízo do quanto disposto no art. 347 do Código
Eleitoral”.
Diante dessa orientação expressa, Felipe de
Moura Palha e Silva, incontinenti, ingressou com o pedido de cumprimento de
sentença junto ao TRE.
Conselheiros de Bolsonaro querem o fim do cercadinho
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Bolsonaro em seu cercadinho: um ninho de crises e cenas patéticas |
Cala a Boca, Wassef!
Se a comunicação do governo fosse sensata, mandaria ele calar a boca. E o próprio presidente deveria falar oficialmente à nação e não antes de pôr a cabeça no travesseiro - intimidade que anula a respeitabilidade que suas falas precisam para não parecerem bravatas. Mas ele mesmo se gruda na questão e se enrola até mesmo com a cola nos papéis.
E a imprensa precisa dirimir definitivamente: Frederick Wassef é ou não é (desde a facada) advogado de Jarir Messias Bolsonaro?
Quanto mais o advogado falar, pior para pai e filho que ele diz representar.
O país conhece muito bem como acaba o protagonismo de filhos, irmãos, esposas, amantes e outras parentelas no governo.
Wassef rende verborrágico personagem de novela de deitadura latino-americana. Fora da ficção, ele precisa de assessoria de comunicação. Mas, nenhuma assessoria funciona com exibicionista e bravateiro. Louco e mentiroso. O primeiro vira folclore; o segundo engole a própria língua, mais cedo ou mais tarde e acabam metendo o rabo no meio das personas. Loucos e mentirosos acabam condenados nos tribunais, uma vez processados. Ou pela opinião pública.
O primeiro tri a gente nunca esquece. Muito menos o tri de 50 anos atrás.
sábado, 20 de junho de 2020
No caso da “Moro de Saias”, tivemos uma manobra protelatória. E no caso do deputado Iran Lima, não?
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O caso da Moro de Saias: entre a decisão do TSE e a posse do suplente, Carlos Fávaro, decorreram nada menos do que três meses e meio |
Weintraub "fugiu". Já pode autoproclamar-se uma espécie de exilado político.
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Weintraub: mas que situação! |
sexta-feira, 19 de junho de 2020
Alepa e Iran Lima divulgam notas sobre a demora em cumprir decisão do TSE. As notas podem ser resumidas num palavrão.
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Daniel Santos, presidente da Alepa |
No pedido, o procurador-regional eleitoral,
Felipe de Moura Palha e Silva, alerta que tanto o presidente da Alepa, Daniel
Santos, como o próprio Iran Lima ficam passíveis de responder por crime de
desobediência, previsto no Código Eleitoral:
Leiam a seguir as duas notas, na íntegra, e em
seguida o comentário do Espaço Aberto.
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A Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) vem a público apresentar nota oficial sobre o reprocessamento dos resultados das eleições 2018, que resultou no indeferimento do registro de candidatura do deputado estadual Iran Ataíde de Lima.
Ao receber ofício do Tribunal Regional Eleitoral com a informação do
reprocessamento das eleições 2018, a Mesa Diretora da Alepa, diferentemente do
afirmado, deu início imediatamente ao cumprimento da decisão oriunda da Justiça
Eleitoral.
Após solicitação de parecer jurídico sobre o
rito a ser seguido, a Procuradoria-Geral da Alepa sugeriu um rito que ao mesmo
tempo respeita as disposições previstas no art. 97, V, §3º Constituição do
Estado do Pará e no art. 31, VI e art. 108, V, §2º do Regimento Interno da
Alepa.
Após aprovação do rito, a Alepa, por respeito ao
Poder Judiciário, enviou ofício ao TRE-PA informando qual seria o procedimento
interno adotado pela Casa de Leis.
Atualmente, o processo está na penúltima fase do rito aprovado, pelo que
certamente na semana que se inicia em 22.06.2020 o processo será encerrado.
Não pode, em qualquer hipótese, a instituição em
que as normas são criadas e que tem por obrigação a defesa das leis, promover o
seu descumprimento. O deputado, ao assumir o mandato, conforme art. 3º, §3º do
Regimento Interno da Alepa, promete cumprir a Constituição do Brasil e do Pará,
bem como o Regimento Interno da Alepa.
Cabe a quem entender que as disposições constitucionais e regimentais não devam
ser aplicadas, por qualquer argumento que seja, o questionamento destas no
palco correto, através de ações de controle concentrado.
Outrossim, a afirmação de que o cumprimento de
procedimento interno representa crime tipificado no art. 347 do Código
Eleitoral não tem qualquer fundamento legal. Primeiro porque no ofício enviado
à Alepa não há nenhuma ordem a ser cumprida, constando somente a informação do
reprocessamento dos resultados das eleições 2018 e segundo que a Alepa age com
total boa-fé e observa os cumprimentos das regras previamente estabelecidas.
Um registro importante é de que, tal qual a
Alepa e por conter norma idêntica na Constituição da República, o Senado
Federal também teve que seguir rito interno para a declaração da perda de
mandato de parlamentar, por decisão oriunda da Justiça Eleitoral. Rito
semelhante ao utilizado.
A Alepa tem compromisso com o povo do Estado do
Pará e o respeito às leis e, exatamente por isso, deu cumprimento à
Constituição do Estado e ao Regimento Interno.
Assembleia
Legislativa do Pará (Alepa)
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Iran Lima: deputado cassado, mas ainda no exercício do mandato |
Enquanto aguardo o rito ser concluído e as
devidas notificações, sigo com o dever de trabalhar para a população paraense
que me elegeu Deputado Estadual.
É importante ressaltar que há alguns meses, consegui, por unanimidade, em
Brasília, reverter o caso no Tribunal de Contas da União e na Justiça Federal
(TRF-1) cujas decisões aprovaram as minhas contas e, em consequência, afastaram
a causa de inelegibilidade.
Considerando que o processo ainda não transitou
em julgado e que a decisão não é definitiva, estou recorrendo ao Supremo
Tribunal Federal, na certeza de que será feita justiça e retornarei para
representar o Povo do Pará na Assembleia Legislativa.
Iran Lima
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Do Espaço Aberto:
As duas notas são um espanto. Um verdadeiro espanto.
Espantam, mas não surpreendem.
Não surpreendem porque, certamente, foram
articuladas pela Assessoria Jurídica da Assembleia Legislativa. E o Jurídico, como se diz, pode usar
argumentos aos milhões para, digamos assim, expender contorcionismo hermenêuticos infindáveis, tudo para dizer que dois mais
dois nem sempre são quatro.
Mas são.
As notas espantam por três razões principais.
Primeiro: mais do que um ofício enviado à Alepa –
dando ou não uma ordem -, o TRE já até emitiu o diploma do suplente, Ozório Juvenil (MDB). Terá emitido para quê? Para a
presidência da Alepa enfiá-lo num quadro e pendurá-lo na parede? Antes de
expedir o diploma, o TRE fez um procedimento complicado para retotalizar os
votos. Pra quê? Apenas para se divertir e não ter eficácia alguma?
Segundo ponto: o TRE ultimou e conclui os
procedimentos a seu encargo em obediência a uma decisão – unânime – do TSE.
Cumpriu, portanto, uma ordem de instância superior à sua. Quer dizer, então,
que até o TRE já cumpriu apenas uma
ordem, mas a Alepa resiste em cumprir duas
ordens – a do TSE e a do TRE. É isso? Brava Alepa!
Terceiro ponto: O tal rito apontado inclui o
parágrafo 2º do artigo 108 do Regimento Interno, diz o seguinte: § 2°. Nos casos previstos nos itens II a V,
a perda do mandato será declarada pela Mesa, de ofício, ou mediante provocação
de qualquer de seus membros, ou de Partido Político com representação na Casa, assegurada ampla defesa (negritado pelo
blog), ouvida, previamente, a Comissão de Constituição e Justiça, que se
pronunciará no prazo de dez dias úteis, sendo reservadas as reuniões e secretas
as votações, tanto na Mesa quanto na Comissão de Constituição e Justiça. O
repórter pergunta: defendendo-se amplamente o deputado Iran Lima, e concluindo-se
de sua amplíssima defesa que ele tem razão e, obviamente, não deverá perder o mandato, como é que vai ficar? Serão mandados
às favas o TSE, o TRE e o MP Eleitoral? É isso mesmo? Ou o deputado Iran Lima já
vai fazer a sua ampla defesa sabendo de antemão que será impossível manter-se
no mandato? Mas, se for assim, então por que ainda perderá tempo para fazer a
sua ampla defesa?
Deputados Daniel Santos e Iran Lima, com todo o respeito que o exercício do mandato legislativo merece e com todo o respeito que a Assembleia Legislativa do Pará merece, mas as argumentações esgrimidas (não é assim que dizem os juristas?) pela Procuradoria-Geral da Alepa nessas notas são absolutamente estapafúrdias, esdrúxulas e desprovidas de razoabilidade.
Para notas (e também para decisões) como essas, os juristas, também eles, inventaram um palavrão: teratológicas.
MP Eleitoral pede que seja usada até força policial, se necessário, para obrigar Alepa a afastar deputado cassado do mandato
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Daniel Santos: resistência pode configuar crime eleitoral |
A advertência está em pedido que o Ministério
Público Eleitoral encaminhou nesta quinta-feira (18), ao TRE, para que seja
cumprida decisão unânime do TSE, que no final de abril indeferiu por
unanimidade o registro da candidatura de Iran Lima, por ter sido o parlamentar
condenado por improbidade administrativa pelo TCU.
Na parte final de seu pedido de cumprimento de
sentença, o procurador regional eleitoral, Felipe de Moura Palha e Silva, apela
à Presidência do TRE que “utilize todas as prerrogativas previstas nos parágrafos
do Art. 536 do CPC para garantir imediatamente a efetivação da tutela específica
da obrigação de fazer, inclusive com a imposição de multa pessoal, a requisição,
se necessário, de auxílio de força policial, bem como a condenação por litigância
de má-fé, sem prejuízo de responsabilização por crime de desobediência”.
No dia 7 de junho, um domingo, o Espaço Aberto informou que o MP
Eleitoral, após ser alertado pelo blog sobre a desobediência da Alepa em
afastar o emedebista do mandato, adotaria as providências necessárias.
Dois dias depois, na terça-feira, 9 de junho, o Espaço Aberto informou que o procurador
protocolou um pedido para que o TRE comunicasse ao Tribunal Superior Eleitoral sobre “a situação
jurídica de descumprimento da decisão por parte da Assembleia Legislativa do
Estado do Pará” em relação cassado Iran Lima.
Crime
- Agora, em pedido de cumprimento de sentença, o procurador
alerta que, de acordo com o artigo 347 do Código Eleitoral, recusar cumprimento
ou obediência a ordens da Justiça Eleitoral ou opor embaraços à sua execução é
crime com pena de detenção de três meses a um ano, além de multa. Esse é o
crime em que pode incorrer o presidente da Assembleia, deputado Daniel Santos,
caso Iran Lima não seja imediatamente afastado do mandato, conforme já determinou
o TSE.
“É importante frisar que tal atitude da
presidência da casa legislativa pode gerar sérias e graves controvérsias, além
de dúvidas sobre a legitimidade e validade dos atos que têm sido praticados
pelo parlamentar cassado, inclusive na presidência da Comissão de Constituição
e Justiça da Assembleia Legislativa do Estado do Pará”, alerta o procurador Eleitoral.
“Tais atos parlamentares poderão ser
questionados administrativa e judicialmente, de modo que, num juízo de
razoabilidade e proporcionalidade, deveria o referido parlamentar estar
afastado do exercício do cargo de deputado estadual até se ultimar o
procedimento interno referido pela Alepa”, acrescenta.
Clique nos links a seguir para ler todas as matérias já publicadas no Espaço Aberto sobre esse caso até agora:
TSE impõe mais uma derrota ao cassado Iran Lima (MDB), que vai seguindo no exercício do mandato
Weintraub está saindo a jato do Brasil. Ele colhe o ódio que ajudou a plantar.
O repórter Igor Gadelha, da CNN, traz informação das mais chocantes.
É chocante porque revela, na medida, o lodaçal de
ódio em que o Brasil imergiu da cabeça aos pés, dos pés à cabeça, desde 1º de
janeiro de 2019, quando Jair Bolsonaro começou a desgovernar o País.
Assistam ao vídeo.
Vocês vão ver Gadelha informar que Abraham
Weintraub, o pior ministro da Educação que o Brasil já teve em cinco séculos de história, está saindo a jato do Brasil.
Por quê?
Porque estariam, ele e sua família, recebendo
ameaças de morte.
O repórter relata, inclusive, que já teriam
atirado objetos para dentro do apartamento onde Weintraub reside, em Brasília.
Isso é horrível.
Um cidadão ver-se tangido de seus país porque
tem medo de ser morto é horroroso.
Mas não esqueça Weintraub de um detalhe: o ódio
que se dissemina pelo País foi plantado por ele mesmo. Por ele e pelas falanges de fanáticos
que falam expressamente, por exemplo, em estuprar filhas de ministro do STF.
Nesse turbilhão de ódios, Weintraub exibe uma impreCionante ignorância sobre os direitos
elementares que qualquer cidadão com a formação dele deveria ter.
O ministro demissionário diz que também está
saindo do Brasil porque tem medo de ser preso.
Então, ele pensa que, viajando para os Estados
Unidos, para o Afeganistão, para a Ilha do Marajó ou para a Islândia, ficaria
livre de eventual mandado de prisão.
É isso?
Se for, Weintraub precisa aconselhar-se
urgentemente com algum advogado, que lhe explicará direitinho que o ministro
demissionário não ficará livre de ser preso nem mesmo se mudar-se para uma
terra plana.
quinta-feira, 18 de junho de 2020
Clima contra Beltrame ainda ferve na Assembleia. Deputado quer o cancelamento dos atos de dispensa de licitação.
A Assembleia Legislativa do Pará, ou parte diminuta dela, continua exasperada com a atuação do secretário de Saúde, Alberto Beltrame.
Como o Espaço
Aberto já mostrou, o secretário está
sob fogo cerrado de parlamentares – e não apenas de uns poucos da oposição,
mas até mesmo de alguns da ampla, esmagadora maioria governista, como é o caso de
Júnior Hage, que reiteradamente tem criticado o que considera o desinteresse e
a pouca importância de Beltrame em relação a legítimos pleitos parlamentares.
O titular da Sespa era o personagem mais
esperado na reunião da última
segunda-feira, na inoperante comissão
de acompanhamento dos gastos do Covid-19, presidida pelo cassado Iran Lima.
Questionado por parlamentares sobre a compra de 152
respiradores imprestáveis pelo valor de R$ 25,2 milhões, objeto da Operação Para Bellum, Beltrame disse
que nem sabia do que estava sendo acusado.
A falta de convencimento do secretário mantém em
alta as chamas da insatisfação entre os deputados de oposição, como é o caso de
Thiago Araújo.
Na sessão virtual de quarta-feira (17), o parlamentar do Cidadania, pura e simplesmente, defendeu o cancelamento dos atos de dispensa de licitação. “A sociedade não aguenta mais. O governo do estado do Pará não pode mais ficar fazendo contratação com ato de dispensa de licitação”, cobrou Araújo (assista ao vídeo).
A rigor, a pretensão do deputado do Cidadania talvez
seja extremada. Até porque, se a dispensa de licitação é prevista em lei, não
há por que evitá-la neste período de emergências em que vidas precisam ser
salvas. E para salvá-las, a Administração Pública não pode, muitas vezes, ficar
engessada pelas solenidades legais que se exigem normalmente num processo
licitatório, que pode levar até meses para se concluir, dependendo de sua
complexidade.
Mas, na essência, o deputado está certo em
cobrar que a forma, os procedimentos, os ritos que se exigem para a dispensa de
licitação sejam seguidos rigorosamente, sob risco também de contrariarem a lei,
caso o administrador se precipite.