Edição extra do Diário Oficial do Estado que
circulou nesta quarta-feira (10), depois da Operação Para Bellum, formalizou a exoneração de Peter Cassol
Silveira, Cintia de Santana Andrade Teixeira e Ana Lúcia de Lima Alves.
Cassol é o homem de R$ 750 mil, encontrados na casa dele dentro de um isopor. Ele ocupava as
funções de secretário-adjunto de Gestão Administrativa na Sespa e era homem de
confiança do secretário Alberto Beltrame, que o importou do Rio Grande. E tanto é assim que Cassol se considera –
ou considerava – “Paraúcho de Coração”.
Cintia de Santana Andrade Teixeira exercia as
funções de diretor do Departamento de Administração e Serviços da Sespa e Ana
Lúcia, a de chefe de Unidade.
Em comum, temos o fato de que os três são investigados
por supostos desvios na compra de respiradores, objeto das investigações
sigilosas conduzida pelo Superior Tribunal de Justiça.
Pergunta-se, pois?
E Leonardo Nascimento, assessor de gabinete do
governador Helder Barbalho, na casa de quem foram encontradosR$ 60 mil em espécie, conforme informação do site O Antagonista veiculada ainda ontem? Por que ainda não foi exonerado?
“Após a celebração do contrato, o assessor de
gabinete do governador, de nome Leonardo Nascimento, encaminhou para a Sespa o
referido instrumento contratual, junto a um ‘folder’, em inglês, com algumas
informações sobre o produto adquirido. Neste ponto da narrativa, cabe uma
destaque para o fato de que as tratativas e o contrato objeto deste
requerimento foram estabelecidos, conforme será melhor detalhado a seguir,
diretamente no gabinete do governador. Apenas em um segundo momento procurou-se
atribuir uma pretensa conformidade legal para o contexto absolutamente
fraudulento que causou um grave dano material ao erário, moral e irreparável à
sociedade paraense e o enriquecimento dos envolvidos no esquema”, diz a
subprocuradora-geral Lindôra Araújo em seu parecer sobre a operação, ainda
segundo informações de O Antagonista.
E nada aconteceu com Leonardo Nascimento?
E Alberto Beltrame, secretário da Saúde e
presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass)?
E Persifal Pontes, chefe da Casa Civil?
E René de Oliveira e Sousa Júnior, secretário de
Fazenda?
E Celso Mansueto Miranda de Oliveira Vaz, servidor
da Sespa?
Todos são investigados no mesmo inquérito. A PF,
inclusive, bateu às portas das residências de Beltrame e Parsifal.
Então, por que apenas os três exonerados?
O governo do estado tem, mas não revela,
informações consistentes sobre a procedência de suspeitas que recaem sobre os
três servidores e por isso os exonerou logo?
E em relação a Leonardo Nascimento, que assessor
de gabinete do governo e que, segundo O Antagonista, teria em casa R$ 60 mil? É
porque esse valor é compatível com a renda dele e por isso não foi exonerado? É
isso?
Quais
têm sido os pesos e as medidas para o governo do estado exonerar envolvidos nessa
parada?
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