É preciso mostrar a cara do vandalismo que infesta Belém

Espiem só.
E com todo o respeito. Todo mesmo.
Mas o que deve se passar na cabeça de um cidadão que emporcalha a sua própria cidade, que contribui para enfeá-la, que depreda e destrói logradouros - alguns de rara preciosidade histórica e arquitetônica - de serventia pública?
O que deve se passar na cabeça de uma pessoa assim?
Acreditem, meus caros: Belém está como está também por causa de vandalizações escandalosas e criminosas, praticadas a céu aberto e nem sempre coibidas na devida medida da dimensão dos danos a que sujeitam o patrimônio público.
E o vandalismo, quase sempre, não tem cara. Não tem rosto. Não tem face nem fronte.
Em regra, é anônimo.
Fica escondido. Desconhecido.
Isso precisa acabar.
Impõe-se não apenas reprimir, dentro dos estritos limites da lei, o vandalismo que infesta Belém como também se faz necessário mostrar a cara dessas pessoas que ajudam a destruí-la.
Como essa criança aí.
Chama-se Renata Rodrigues Cardoso. Tem 28 anos.
Na manhã desta quinta-feira (27), ela foi presa em flagrante por uma guarnição da Guarda Municipal, quando pichava um dos coretos da Praça da República que acabou de passar por restauração.
A mulher, segundo informações da Guarda, que também fez essas fotos que ilustram a postagem, usava uma caneta do tipo piloto para fazer uma série de inscrições nas paredes, causando indignação nas pessoas que passavam pelo local.
A personagem foi encaminhada à Seccional do Comércio, onde foi autuada pela delegada Cíntia Viana por dano ao patrimônio público e deve ficar detida até uma audiência de custódia.
Tomara que essa repressão continue.
E que sempre se mostre a cara do vandalismo.