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Desde que deixou a presidência da República, em 2002, Fernando Henrique Cardoso vinha renovando a sua imagem, e também do PSDB, com uma agenda liberal no que diz respeito aos costumes. Era o caso, por exemplo, da discussão sobre a descriminalização das drogas leves.
Hoje, FHC assiste ao pequeno Uruguai, governado por José Mujica, tomar a dianteira nesse debate. Além disso, seu PSDB, que nasceu na centro-esquerda, vem sendo empurrado por José Serra à centro-direita. Em reportagem publicada nesta quinta-feira na Folha de S. Paulo, FHC abandona de vez o barco serrista, ao fazer críticas à campanha do tucano, que vem se aproximando de setores conservadores.
Segundo o ex-presidente, Serra corre o risco de sair da eleição com o rótulo de conservador ao criticar duramente o material antihomofobia criado pelo adversário Fernando Haddad (PT) quando ministro da Educação, o chamado 'kit gay', além do aborto – tema abordado durante sua campanha presidencial em 2010.
Além de FHC, a abordagem do tucano foi criticada pelo presidente nacional do partido, Sérgio Guerra, que não considera "relevante" discutir o material. "Em São Paulo, a campanha resvala para elementos que não são os mais relevantes. Se vai ter ou não kit-gay, se foi mamãe que fez ou vovó que assinou. Não é esse o problema. Se o Serra tiver que ser prefeito de São Paulo, ele será porque é o melhor candidato", afirmou Guerra.
Um comentário:
FHC é um senhor avançado, ele é favorável a discriminação das drogas, lembra?
Mas os tucanos brigam também entre eles? Hum, pensei que só os vermelhos brigavam.
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