- Quando há esquema político na área da Saúde não se resolve os problemas e as pessoas morrem - advertiu
Ao lado de Dino, em uma das salas de velórios do Cemitério Campo da Esperança, estava Agnelo Queiroz, ex-PC do B, governador do Distrito Federal eleito pelo PT. E pelo menos mais 200 pessoas, entre elas algumas das cabeças coroadas da República, como o vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado José Sarney e Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal.
Dino escolheu Agnelo para despejar sobre ele todo o seu desespero.
- Não é possível alguém morrer de asma dentro de uma UTI, Agnelo. Esse hospital [de Brasília] matou meu filho. Por que não me mataram? Eu preferia mil vezes estar naquele caixão no lugar dele.
Agnelo tentou consolar Dino - em vão. Um dos políticos mais promissores do Maranhão, candidato a prefeito da capital em 2008 e a governador do Estado em 2010, Dino segurou Agnelo pelo braço e continuou:
- Vou enterrar meu filho sem saber direito por que ele morreu. Você sabia que a necrópsia do corpo não foi completa por que tem equipamentos quebrados no Instituto Médico Legal? - perguntou Dino a Agnelo. Que calado estava, calado continuou,
- Quando meu filho parou de respirar na UTI do hospital, tentaram reanimá-lo, mas o equipamento usado para isso estava quebrado. Providenciaram outro, mas quando ele chegou já era tarde.
Àquela altura, assessores de Agnelo haviam sugerido que ele se despedisse de Dino e saísse rapidamente. Agnelo ouviu o último conselho de Dino:
- Faça pelo menos uma coisa no seu governo: interdite os hospitais de Brasília. Interdite. Vou te ligar diariamente cobrando isso.
Marcelo Dino Fonseca de Castro e Costa morreu no início da manhã da última terça-feira na UTI do Hospital Santa Lúcia – um dos maiores de Brasília. Ali havia sido internado pouco depois do meio-dia da segunda-feira. Fora vítima de uma crise de asma quando praticava esportes no Colégio Marista,onde cursava o 9º ano do Ensino Fundamental.
A suspeita de negligência e de erro médico está sendo investigada pela polícia, o Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal.
7 comentários:
Qdo as pessoas morrem, por conta de esquemas...os atores que causaram as mortes deveriam ser condenados por "homicídio doloso".
Lamentavelmente é isso que ocorre diariamente com milhares de pacientes no nosso país. Por conta da política, interesses que não os técnicos acabam por fazer a nossa saúde pública cada vez pior. No Pará temos um secretário incompetente por conta do PPS, que transformou a SESPA em escritório eleitoral do Jordy, e nada de regulação eficiente para os pacientes do interior além de coisas inexplicáveis com dinheiro e patrimonio público.Muito de publicidade fantasiosa, mas de concreto a unica coisa que melhorou foi a hemodiálise.Esse político, coitado ,sofre em consequencia daquilo que nós ,médicos do serviço público, sentimos em termos de impotência pelo que os políticos e seus apadrinhados não fazem.E não fazer em saúde pode significar condenação de morte.
O problema é que não há cadeia para esse pessoal e nem gente com coragem suficiente para pedir suas prisões e outras para decretá-las. Nem mesmo órgãos que se intitulam defensores da sociedade têm coragem para tanto. Só bandido pequeno vai preso e cumpre pena.
Ninguém merece enterrar um filho, mas o que choca é saber que esse menino não estava sendo atendido pelo SUS e sim -com certeza- por um plano de saúde que usa as mesmas instalações quebradas dos hospitais conveniados como os do SUS. Isso significa que somos reféns desse sistema falido com ou sem plano de saúde. Não há fiscalização por parte de quem deveria exigir que os hospitais fossem devidamente equipados. Se fizermos uma continha básica em relação ao aumento da população e o número de hospitais/vagas ofertados chegaremos a conclusão óbvia de que quem paga plano de saúde também corre risco. Quanto a grana que o SUS recebe para tratar da população carente, esse vai para o ralo, ou melhor, para os bolsos dos ladrões engravatados.
Para os leigos: O Estado é Monitorador da Ações e serviços de Saúde, e em alguns locais como no Pará, prestador através de grandes Hospitais como a Santa Casa ,Ophyr Loyola Abelardo, que são regulados e caloteados pelo Gestor de Saúde de Belém que é quem recebe os recursos para mante-los. O Estado está pagando e não está recebendo. Essa fala do anônimo das das 21:45 deve ser de algum dududiscipulo que caloteia e não atende seus municipes e da calote também nos Municipios do Pará, pois pactua procedimentos ,ou seja recebe dinheiro deles na alta e media complexidade e gasta com o que??????? as dezenas de ações feitas pelo MP dão na agua. POis ele é blinadado. e a SESPa que saibamos não está nesse rol de denuncias.
A SESPA não cumpre seu papel.É isso, simplesmente e tristemente. Falta profissionalismo, seriedade e ética.
Enquanto o secretário estadual e a municipal fingem briga pelo acerto de contas e competências de cada um ,a saúde pública piora a cada dia.O caríssimo hospital(anexo)Jean Bitar não tem serviços de apoio diagnóstico e nem quadro próprio de funcionários, sua resolutividade é minima. Tudo isso por falta de planejamento, agora correm atrás do prejuizo de 43 milhões que ele custou. ou alguem notou melhora de vagas para internação? Como plantonista de emergência não percebi esses leitos a mais para encaminharmos os pacientes.E Hélio Franco continua com cara de paisagem e com todo apoio de Jatene para nada ou pouco fazer, além da política partidária para o PPS.
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