Jatene com empresários em Santarém: promessas viraram dívidas. (Foto Antônio Silva/Agência Pará) |
A primeira viagem do governador à região separatista, que votou praticamente à unanimidade pela criação do Estado do Tapajós, no plebiscito de dezembro passado, foi precedida de avaliações muito comedidas, que procuraram aferir se este era realmente o momento propício para Jatene botar os pés na região ou se seria mais prudente esperar um pouco mais.
Chegou-se à conclusão de que o momento era este, até mesmo para que se pudesse mensurar até que ponto os ressentimentos ainda estão vivos entre os tapajônicos.
E a avaliação, após a viagem, é de que os ressentimentos ainda existem, mas estão longe de ser empecilhos para que o governo lance mão de políticas, digamos assim, compensatórias para demonstrar à população do Tapajós que suas principais demandas ganharão, a partir de agora, atenção especial.
Ao mesmo tempo, todavia, em que a avaliação de círculos próximos ao governador indicam ganhos políticos dos mais relevantes, ninguém deverá perder de vista que promessa é dívida.
E no caso do governo do Estado, em relação ao Tapajós, promessa é dívida redobrada.
Por isso, santarenos e demais habitantes da região oeste do Pará estão com seus caderninhos - virtuais ou não - cheios de anotações sobre tudo o que foi prometido, inclusive o asfaltamento de parte da rodovia Curuá-Una e a construção do estádio Colosso do Tapajós.
As cobranças, em decorrência, serão igualmente redobradas.
E sobre isso, parece, assessores de Jatene também estão certos.
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