As infelizes declarações do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, gravadas por uma filiada da Rede Record do Amazonas e exibidas na segunda-feira (21) para todo o Brasil, deram o que falar no plenário da Câmara Municipal de Belém (CMB) na sessão dessa terça-feira, 22. “É uma vergonha para a classe política, que perde a credibilidade por conta de episódios como esse”, lamentou o vereador Carlos Augusto Barbosa (DEM), em discurso na tribuna.
Para quem não assistiu ao vídeo, Amazonino, ao visitar áreas sob risco de desabamento na periferia da capital amazonense, ouviu queixas de uma moradora que disse não ter outro lugar para morar e para ela disse “minha filha, então morra, morra”. Não satisfeito, ele perguntou para a jovem de onde ela vinha e, ao dizer que vinha do Pará, ele comentou, de forma debochada: “então tá explicado”, refletindo um preconceito real e há muito tempo sabido de manauaras em relação a paraenses.
“O que ele fez fere os princípios da Constituição Federal. É de dignidade humana que estamos falando. Aquela mulher não está ali porque quer, está ali por conta de uma conjuntura política. Em vez de debochar, ele podia se preocupar em melhorar a vida dessas pessoas. E ele ainda foi preconceituoso com nosso Estado, que recebe pessoas do Amazonas, do Acre, Rondônia e outros estados da região e do Brasil sempre de braços abertos”, declarou o vereador, sem esconder a indignação pelo ocorrido.
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