Fechou os olhos para a vida na manhã de ontem.
E desnecessário dizer quem ele foi.
Porque ele foi tanto, mas tanto que tudo o que se disser sobre ele será pouco.
Muito pouco.
Mas convém que se registre, para conhecimento geral, a dimensão da notoriedade de uma das maiores expressões intelectuais que não apenas o Pará, mas este País, já produziu em sua História.
Ontem ainda, enquanto começava a morte de Benedito Nunes começava a ganhar repercussão, 9 e meio entre dez paraenses não sabiam, ao certo, de quem se tratava.
E quando eram apresentados, em pouquíssimas palavras, a Benedito Nunes, a expressão de quem nunca antes, jamais, em tempo algum ouvira falar do professor traduzia, à perfeição, estes tempos em que a celebrização não dá mais lugar aos que merecem ser célebres, mas aos que se fazem célebres até mesmo - ou somente - por serem caricatos.
Vivemos tempos em que celebridades instantâneas - muitíssimas - não mereceriam, a rigor, um segundo sequer de fama, quanto mais os 15 minutos básicos que Andy Warhol previu...
Benedito Nunes era a tradução de uma frase - várias vezes já mencionada aqui pelo blog - que se atribui a Leonardo da Vinci (também ele um sábio); e se não foi ele o autor, alguém o disse; e se ninguém disse, o blog assume como sua.
A frase é: a simplicidade é o maior estágio da sabedoria.
É mesmo.
Benedito Nunes, nos seus 81 anos, provou isso.
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