Membros do Ministério Público estão muito – para não dizer muitíssimo – preocupados com a segurança pessoal durante o período eleitoral que se aproxima.
Na reunião de ontem, em que definiram a padronização de procedimentos para facilitar a fiscalização do pleito que se aproxima, o procurador da República Daniel Avelino, procurador regional eleitoral, prometeu reunir-se em breve com o comando da Polícia Militar do Estado, para propor que, pelo menos nos três dias que antecedem a eleição de outubro, um PM seja destacado especialmente para dar proteção aos promotores eleitorais, sobretudo os que atuam no interior do Pará, em regiões mais distantes de Belém.
Durante a reunião - de que participaram três procuradores auxiliares e as representantes da OAB Nacional, Mary Cohen, e do Comitê de Combate à Corrupção Eleitoral, irmã Henriqueta Cavalcante -, vários promotores externaram publicamente sua insatisfação diante do que consideram a pouca atenção que a Polícia Federal dispensa aos membros do MP durante a campanha eleitoral. “Parece que só existe o juiz eleitoral”, reclamou na ocasião um promotor, para realçar o que considera o desprezo da polícia em relação ao trabalho dos próprios promotores.
Para facilitar o trabalho do Ministério Público Eleitoral, será criada uma rede virtual que veiculará informações internas entre procuradores e promotores. Ficou definido ainda que os procedimentos investigatórios iniciais, sobretudo os relativos a propaganda ilegal e captação ilícita de votos, serão sempre comunicados à Procuradoria Regional Eleitoral, que vai abrir um processo principal e posteriormente ficará recolhendo informações para a posteriormente propositura, se for o caso, de investigações mais aprofundadas.
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