sábado, 31 de janeiro de 2009

Trinta e quatro fogem de presidio na Seccional

No AMAZÔNIA:

Até o início da noite de ontem nenhum dos 11 presos que fugiram do Centro de Recuperação de Americano 3 (CRA 3) havia sido recapturado pelas Polícias Civil e Militar. Eles continuam embrenhados nas matas onde se esconderam na madrugada de ontem, após a fuga, no distrito de Americano, em Santa Isabel do Pará, nordeste do Estado. Entre os fugitivos estão três dos cinco acusados de matar o advogado do Grupo Líder José Francisco Vieira, 47, assassinado na manhã do dia 7 de novembro passado, quando foi rendido pelo bando já dentro do pátio da residência dele, na avenida Fernando Guilhon, no Jurunas, juntamente com a esposa, Neuza Maria Rodrigues.
Mais uma vez há suspeita de negligência, dada a facilidade na fuga. Com tantos dispositivos de segurança em um dos presídios considerados de segurança máxima no Pará, e com a obrigação de garantir a vigilância total sobre os presos, agentes penitenciários e policiais militares que faziam o plantão não perceberam, em nenhum dos equipamentos, como as câmeras de vídeo do circuito interno e os sensores de temperatura, a ação dos bandidos, que precisaram de tempo para serrar as grossas barras de ferro das grades. Nem o barulho feito por eles e nem a movimentação dos presos foi notada. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) determinou abertura de sindicância para apurar porque a fuga não foi impedida.
A fuga do CRA 3 fura os olhos da chamada operação 'Coruja', executada com um aparato de quatro helicópteros pelo Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer), pelos Bombeiros, pela Polícia Federal e pela Força Nacional de Segurança com o objetivo de reforçar e manter alerta máximo contra rebeliões e fugas justamente no Complexo de Americano, durante todo o período de realização do Fórum Social Mundial, determinada pelo secretário de segurança pública, Geraldo Araújo, depois que o Serviço de Inteligência detectou movimentação suspeita de presos. A segurança também foi reforçada em terra e, como treinamento para Belém sediar a copa do mundo de 2014, foi mais do que um vacilo da segurança pública.
Os 11 presos de Justiça escaparam do CRA 3 por volta de 1h30 de ontem. Segundo a assessoria da Segup, a fuga ocorreu depois que detentos do bloco C serraram as grades das celas de números 116, 117 e 118 e, em seguida, cortaram o alambrado de proteção externa, localizado na área lateral da praça de visita. Após a fuga, guarnições do Batalhão de Polícia Ostensiva Penitenciária (Bpop), da Polícia Militar, iniciaram as buscas. No momento da fuga não havia nenhum reforço policial no CRA 3. Segundo a nota da Segup, somente dois policiais militares e três servidores da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) faziam a vigilância no bloco do presídio. Um dos agentes penitenciários teria visto já os presos em fuga e informado por rádio aos outros agentes penitenciários e PMs de plantão, que saíram em buscas pela área.

2 comentários:

Anônimo disse...

Uma coisa não dá pra entender: A "inteligência" identificou o plano de fuga com antecedência e não evitou a fuga? Que "inteligência" é essa? Ou a Segurança Pública tem um Serviço de Burrice? Ou havia expressa determinação em garantir a fuga? Explica pra gente, doutor Geraldo!

Anônimo disse...

Ora, com Justiniano, a frente da SUSIPE,temos que esperar muitas trapalhadas e incompetencia. todos sabem, que o mesmo, nada entende de sitema Penal. é Brincadeira.