Você sabe o que é um golpe de Estado?
Sabe o que é uma intervenção militar?
Sabe o que significa essa agressão constitucional - nefasta, defraudadora da vontade popular e devastadora para o equilíbrio institucional que as democracias precisam sustentar, para que se sustentem como democracias?
Você sabe?
Se sabe, parabéns! Porque milhares, milhões de brasileiros, acredite, não sabem.
Li a nota cima, que está na coluna Radar, publicada na nova edição de Veja, e fiquei, confesso, apavorado.
Se temos esse nível, esse índice de curiosidade - e aqui prefiro acreditar que é mais curiosidade do que desconhecimento e ignorância - sobre uma anomalia, uma monstruosidade constitucional que todos devemos conhecer, então é justo presumirmos, com boa margem de plausibilidade, que é altíssimo, é avassador, o número de brasileiros que talvez defendam um golpe porque, justamente, não sabem o que isso significa.
Mas, como já estou numa idade que não comporta mais a crença em histórias da carochinha - a não ser a de que a Terra, ora bolas, é plana e que vacinas fazem a gente virar jacaré -, apavora-me imaginar uma outra situação.
E se esse povo todo, que ignora o que seria um golpe de Estado ou intervenção militar, agora estiver caído de amores por essas monstruosidades depois que souber direitinho o que significam.
Credo!
Vamos mudar de assunto que é milhor!
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