quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Só neste ano, o STF já recebeu mais de 80 mil novas ações. Mas Toffoli, sozinho, fala por quatro horas.

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Assustador.
Inadmissível.
Inconcebível.
Dias Toffoli falou por mais de 4 horas, na quarta-feira (20), ao votar como relator no julgamento do Pleno do Supremo sobre o compartilhamento de dados de inteligência (da Receita e do UIF, ex-Coaf), um caso que interessa diretamente a Flávio Bolsonaro.
Falou, falou e falou.
Falou tanto que precisou falar mais ainda.
Nesta quinta-feira (21), Toffoli precisou, acreditem, traduzir seu voto, que muitos não compreenderam bem. Nem alguns de seus excelsos pares.
No dia 7 deste mês, quando se julgava a questão da prisão em segunda instância, o mesmo Toffoli falou por mais de duas horas.
No último levantamento que este repórter fez, no início desta semana, o acervo processual do STF chegava a 30 mil processos.
E mais de 80 mil novas ações já foram protocoladas apenas neste ano.
Se Dias Toffoli e seus dez colegas cortassem pela metade o muito do que falam apenas nas sessões do pleno, o Supremo já teria reduzido em pelo menos um terço esse manancial amazônico de processos.
Com certeza.
Por que o Supremo não experimenta falar menos?
Como o Espaço Aberto já escreveu há uma semana, o STF precisa rever a dinâmica de suas sessões, sobretudo e principalmente as do Pleno, que são transmitidas ao vivo pela TV.
Do contrário, continuaremos tendo um ministro só falando por quatro horas.
Isso é razoável?

Um comentário:

kenneth fleming disse...

É a errônea interpretação que eles dão ao Exce....lentíssimo Ministro. Acostumaram.
Kenneth