sábado, 23 de novembro de 2019

O Capitão tem duas Abins. Uma, do estado. Outra, dele mesmo.


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É quase inacreditável, se não fosse também cômico.
Em sua nova edição, “Veja” publica reportagem revelando a mina de dossiês em que se transformou o ambiente bolsonarista – seja o PSL, de onde o Capitão saiu recentemente, seja no próprio Palácio do Planalto.
O detalhe – inacreditável, se não fosse cômico – é o seguinte.
Diz a reportagem que Bolsonaro abriga no Planalto um militar de sua confiança que é responsável por receber e filtrar informações.
O cidadão analisa denúncias e relatórios de inteligência que, a depender do conteúdo, podem ser levados ao conhecimento do chefe em forma de dossiês.
Em tese, como ressalta “Veja”, esse trabalho caberia à Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Mas Bolsonaro, acreditem, não confia na Abin porque recebeu, logo no início do mandato, um papelório que listava petistas lotados na agência.
Hehe.
Em resumo, temos duas Abins.
Uma, a institucional, que integra a estrutura de governo.
Outra, a Abin pessoal de Bolsonaro, que, de repente, pode até produzir dossiês contra a outra Abin.
Égua!
Vá ter mania de perseguição assim no Palácio do Planalto.

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