terça-feira, 19 de novembro de 2019

A verdade desmonta a mentira e a “arminha”: quem matou uma criança foi a polícia. E quem diz é a própria polícia.



Agora, sim.
Agora é oficial.
Por oficial, entenda-se documento emitido por instituição pública – portanto, acreditada -, no caso a Polícia Civil.
O documento de que se trata não é um qualquer.
É um laudo – trabalho necessariamente técnico, detalhado, circunstanciado, firmado em evidências colhidas à luz dos fatos e com base em bases teóricas que os peritos obrigatoriamente precisam dominar.
O laudo da polícia depõe contra a própria polícia.
Nesta terça-feira (19), a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que não havia tiroteio no momento em que a menina Ágatha Félix foi baleada no Complexo do Alemão, em 20 de setembro. A conclusão do inquérito confirmou que a bala que atingiu a menina saiu do fuzil de um policial militar.
O relatório da perícia contesta o depoimento dos PMs envolvidos na ação - os militares sustentam que revidaram contra uma dupla que passava atirando em uma motocicleta. Para a Polícia Civil, no momento do crime, não havia pessoas armadas além dos policiais.
O laudo encerra quase dois meses de fake news disseminadas à farta nessas rede sociais infestadas de gente que se alimenta de mentiras, mentiras e mais mentiras. E quando arrota, só arrota, é claro, mais mentiras.
Chegou-se a divulgar uma invencionice, uma maluquice, uma mentira deslavada: o de que um laudo teria atestado que o tiro que matou a criança saíra do fuzil de um traficante, e não da polícia.
Esse laudo nunca apareceu.
Ou, se apareceu, foi fabricado por criminosos que se alimentam de fake news.
Essa mentira foi alimentada pelos que defendem o discurso do ódio, o discurso insano de que qualquer um, inclusive a polícia, está com licença ampla, integral e implacável para matar quem seja visto como bandido.
Não. Não pode.
Ninguém pode.
Isso é uma formulação mental excrescente que cabe apenas na cabeça dos que adoram essas teses amalucadas e, para mostrar que adoram, exibem-se fazendo o gesto da arminha, inventado por Jair Bolsonaro, que o tem repetido até junto a crianças.
Pronto.
Aqui está a verdade: quem matou Agatha foi a PM.
E ponto.

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