domingo, 8 de setembro de 2019

Marcelo Crivella é o retrato deste Brasil que, em oito meses, já retrocedeu 80 anos


Fiz esta foto em 2014, em Berlim.
Mostra um beijo – cálido, ardente, ardoroso entre Leonid Brejnev, um dos últimos ditadores da União Soviética comunistas, em Erich Honecker, o último de apenas dois premiês alemães orientais (o outro foi Walter Ulbricht, o homem que construiu o Muro de Berlim em 1961). O autor da obra é o artista russo radicado na Alemanha.
Está na East Side Gallery, a famosa galeria a céu aberto que se estende por cerca de 1.500 metros no lado leste do antigo muro de Berlim, que foi preservado da demolição. Está localizado próximo ao centro de Berlim, na rua Mühlen. A galeria consiste de 105 pinturas de artistas de todo o mundo (veja outras fotos abaixo), retratando as mudanças que rapidamente se operavam, inclusive em decorrência do ocaso de ditaduras comunistas do leste europeu.
Se Marcelo Crivella, prefeito do Rio, visitar Berlim, certamente ficará tentado a mandar colocar um lacre nessa imagem, com a advertência: Imprópria para menores.
Vamos e convenhamos.
Crivella, ao manda recolher livros da Bienal, é a cara, a caratonha do obscurantismo.
É o atraso.
É o medievalismo com tintura de legalismo.
Crivella é a negação da política como prática que confere relevância ao dever do estado de promover os valores de liberdade, tolerância e pluralidade.
Marcelo Crivella é o retrato deste Brasil que, em oito meses, já retrocedeu 80 anos.







 


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