Ei, você aí, sabe aquela filhinha sua – linda,
encantadora, terna, meiga, peralta, inteligente -, a maior joia da sua vida?
Sabe aquela sua netinha - linda, encantadora,
terna, meiga, peralta, inteligente -, o maior tesouro “divó” ou “divô” que você
tem?
Sabe aquela sobrinha, uma criança linda,
encantadora, terna, meiga, peralta, inteligente, que faz você virar uma tia “babona”
ou um tio “babão” quando se encontra com ela?
Sabe aquela afilhadinha – nooosssaaaaaaaa!,
gente, mas que “kianxa” linda, encantadora, terna, meiga, peralta, inteligente
-, que você apresenta pra todo mundo como a criança que caiu do Céu pra
iluminar a Terra com as luzes mais doces da infância?
Sabe aquela filha da vizinha, uma criança linda,
encantadora, terna, meiga, peralta, inteligente que você “adotou” no coração
como se fosse da sua própria família?
Sabe aquela filha da sua melhor amiga, ou do
melhor amigo, uma joia de criança, que você olha e vê nela um presente dos
céus?
Pois é.
Ei, vocês aí, tenham certeza: vocês são os pais,
os avós, os tios, os padrinhos – e tudo o mais – de Ágatha Félix.
Vocês são exatamente eles. Com os mesmos
sentimentos, com a mesma afeição, o mesmo amor, a mesma paixão, o mesmo
encantamento por suas crianças - lindas, encantadoras, ternas, meigas, peraltas,
inteligente.
Com apenas uma diferença, porém: Ágatha Félix é
mais uma vítima da barbárie. As crianças de vocês, felizmente, não.
Ei, vocês aí, pensem nisso quando quiserem
alinhar-se com gente – governantes ou não – que relativiza a barbárie, achando
que a morte de uma criança, nas circunstâncias da morte de Ágatha, é “aceitável”,
é um preço razoável a ser pago se isso for necessário pra fuzilar 500 mil
bandidos – ou suspeitos de ser bandidos.
Pensem nisso – pais, avós, tios, irmãos,
padrinhos e amigos.
Pensem dia e noite, noite dia. Sem parar.
Pensem assim: “E se fosse com a minha”?
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