terça-feira, 24 de setembro de 2019
A rotina da barbárie nos torna insensíveis à barbárie
Manifestantes jogam tinta vermelha nas escadarias da Assembleia Legislativa do Rio e acenderam velas para protestar contra a morte de Ágatha Félix, no Complexo do Alemão, e de outros jovens e crianças atingidos durante operações policiais em favelas.
A foto, pinçada da primeira página de “O Globo” desta terça (24), é a imagem de uma sociedade – a brasileira, não apenas a carioca – que já incluiu, há muito tempo, a barbárie entre suas rotinas.
E o pior – muito pior: estamos de tal forma contaminados pela violência e pela barbárie que costumamos, muitos de nós, a achar que o preço a pagar pela barbárie - a morte de crianças por balas perdidas em “confronto” entre policiais e bandidos - é um preço “aceitável” a pagar pelas ações do estado destinadas, como se diz, a reduzir a barbárie da violência que nos assola.
Eu vou me embora para o Brasil.
Porque aqui em Alesund, na Noruega, a barbárie é todo dia, o dia todo.
Sério mesmo.
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