Tostão é um craque.
Foi um craque quando jogava.
Manteve-se craque quando parou de jogar.
É um craque na clareza, na objetividade, na coesão e na sinceridade com que escreve seus textos.
E também é um craque da ética, of course.
Nesta quarta-feira (27), Tostão explica na Folha por que se recusou a fazer um comercial ao lado de Tite, técnico da Seleção Brasileira.
Leiam, abaixo, a explicação.
E vejam se Tostão não é um craque.
----------------------------------------------------
Recebi um convite inesperado, para fazer um comercial de uma marca de TV ao lado de Tite, que já é garoto-propaganda da empresa. Fiquei curioso para saber por que me escolheram, se Tite sabia, o que pensaria e qual o roteiro dos marqueteiros.
Recusei. Já imaginaram um comentarista, que elogia ou critica o técnico da seleção, aparecendo na TV, um milhão de vezes, ao lado dele? Seria antiético, e eu perderia a credibilidade. É ou não é!
A moça que me telefonou me perguntou se eu tinha alguma coisa contra o Tite. Ela não entendeu. Pelo contrário, tenho admiração pelo técnico e por seu comportamento, apesar de seus sermões. Não vejo também nada errado em ele fazer propagandas comerciais, desde que não haja conflito com seu cargo.
4 comentários:
Tostão, esse sim eu sou fan de carteirinha. Ver Tite abraçando Marco Polo del Nero e consequentemente abraçando uma fortuna em salários e etc. em "nome" da seleção brasileira foi lamentável.
O mais gritante da história é a moça perguntar o porquê. Sinal que a ética foi pro espaço (não o aberto mas o sideral), há décadas.
Que Exemplo.
Pena que seja cada vez mais raro.
Postar um comentário