sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Torcedores "fogueteiros" e imbecis precisam aprender com a História
Lembro-me como se fosse hoje.
Corria 2003.
Num mês de maio, na madrugada de 15 para 16, moradores dos bairros de Nazaré - caso do pôster - e da Campina tiveram uma noite meio, digamos assim.
Uma foguetaria danada quebrava o silêncio da noite bem em frente ao Hotel Hilton (hoje Princesa Louçã) e emanava seus decibéis por todas as redondezas.
Os fogueteiros, uns imbecis rematados, tinham como alvo jogadores do Boca Juniors, da Argentina. A intenção era não deixá-los dormir, fazendo-se entrar tresnoitados no Mangueirão, onde, na noite de 16 de maio, enfrentariam o Paysandu pela Libertadores.
Pois na manhã do dia 16, além da bombardeio de foguetes a que tinham sido submetidos durante a madrugada, jogadores do Boca ainda saíram flanando pela Avenida Presidente Vargas, comprando artesanato e distribuindo simpatia e autógrafos.
Chegou a hora do jogo. Perante 40 mil pessoas, o Boca deu um passeio, ganhou por 4 a 2 e eliminou o time bicolor da Liberta (veja as imagens).
Por que essa história me veio à cabeça?
Porque, vocês sabem, torcedores imbecis fizeram a mesmíssima coisa no Rio, na tentativa de incomodar e deixar tresnoitados os jogadores do Independiente, que na quarta-feira (13) enfrentou o Flamengo na final da Copa Sul-Americana.
Imbecis foram a frente de três hotéis (onde supostamente poderiam estar hospedada a delegação do time argentino) e passaram a madrugada inteirinha fazendo arruaças e incomodando meio-mundo (a atriz Mariana Rios, imagem abaixo, que o diga).
Quando assisti a esse noticiário, durante toda a manhã de quarta-feira, lembrei-me do caso do Boca e pensei: acho que vai dar Independiente.
E deu mesmo.
Moral da história: torcedores imbecis precisam aprender.
Inclusive com a própria História.
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