Então é assim.
Dois torcedores do Paysandu ficarão um ano sem frequentar jogos do time em Belém.
A decisão foi homologada em acordo pela Justiça.
Azulinos mais empedernidos (hehehe) poderão logo, de cara, até considerar decisão um prêmio, e não propriamente uma punição.
Mas isso é apenas coisa de remista, vocês sabem.
No fundo mesmo, o pronunciamento da Justiça é dos mais elogiáveis. Alé de ser inédito.
Nunca antes, jamais, na história de violência que envolve torcedores fora dos estádios em Belém, os envolvidos em pancadarias haviam sido identificados e punidos.
Normalmente, até são identificados, mas nunca punidos.
Aqui em Belém, temos o caso escandaloso de torcidas organizadas que foram postas na proscrição por sentença transitada em julgado desde 2007, mas até agora continuam por aí, intocáveis e protagonizando as mesmas cenas de selvageria de antes, em flagrante desrespeito à Justiça e ao Ministério Público.
Desta vez, não. A coisa foi diferente.
A punião recaiu sobre Alberto Leandro dos Santos Lima e Pedro Pinheiro da Silva, acusados de envolvimento num quebra-pau daqueles, em plena avenida Almirante Barroso, em 25 de setembro deste ano, antes de um jogo do Paysandu pela Terceira Divisão, contra o América-RN.
A punição foi aplicada pelo Juizado Especial Criminal, que aprecia delitos de pequeno potencial.
Tomara que tenha sido a primeira de muitas outras punições.
Tomara que sirva para aplacar a fúria de gente que vai aos estádios de futebol preparado para brigar.
Quando ocorrem as brigas, todos os que pretendem ver apenas futebol são expostos a riscos enormes.
Mas convém perguntar: e as torcidas organizadas, quando voltarão a ser reprimidas?
Por que tolerar os vândalos de torcidas organizadas?
A selvageria nos estádios vai continuar, apesar de sentença que já transitou em julgado?
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