Quando se diz que Belém é a cidade onde tudo pode, ninguém está exagerando.
Em Belém – e por extensão neste Pará, a Terra de Direitos –, tudo pode.
Pode até esfolar, brigar, praticar selvagerias e barbáries, mesmo com sentença judicial que coíbe tudo isso.
Vejam a sentença acima. A imagem foi extraída do site da Justiça Estadual. Clique para ver melhor.
E cliquem aqui para ler na íntegra.
A sentença foi prolatada em novembro de 2007.
Já tem quase dois anos.
Quem a prolatou foi o juiz Marco Antônio Castelo Branco, então no exercício da titularidade da 1ª Vara de Fazenda da Capital.
Ele condenou – tornando-as proscritas – as torcidas organizadas Grêmio Recreativo e Social Terror Bicolor e Associação Desportiva Independente Torcida Organizada Remoçada.
E aí?
Que essa sentença e nada têm sido a mesmíssima coisa.
Os selvagens dessas duas gangues – porque são gangues, e não torcidas – continuam a se digladiar por aí. Continuam a se esfolar e colocar em risco a vida de outras pessoas que nada têm a ver com essas gangues.
A última selvageria foi na última terça-feira, num combate a céu aberto às proximidades do Baenão. Resultado: um torcedor alvejado por PM que tentava dispersar os brigões.
O que falta, afinal, para que se cumpra sentença do judicial?
O que falta para que os bárbaros que as integram sejam presos?
Nos estádios – ainda que não possam usar nada que as caracterize -, essas gangues são facilmente identificáveis.
Soltam aqueles gritos de guerra – que incitam à violência -, se reúnem no mesmo setor da arquibancada, enfim, está claro para todo mundo que fazem parte dessas gangues organizadas.
E a polícia ali por perto, a tudo assistindo.
Por que não age?
Por que não prende essas turmas?
Elas são proscritas.
Já o disse a Justiça.
Já o disse uma sentença judicial.
O que falta fazer para que os torcedores – os verdadeiros torcedores – possam frequentar estádios em paz, sem que se vejam expostos à sanha desses desordeiros, desses selvagens?
O que falta?
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