Do médico e mestre emCiências da Saúde Itajaí de Albuquerque – um dos flanares e editor do ótimo Voo de Galinha -, sobre a postagem Para não esquecer:
Se tiver interesse, veja em DVD Katyn. Lá, você verá até onde a dupla Hitler-Stalin chegou na Polônia. Quanto ao iraniano Ahmadinejad, para mim, ele é exatamente o que demonstra: um genocida em potencial.
Entretanto, o Brasil não pode ignorar o Irã, como não ignorou o Iraque, quando Sadam Husseim ali mandava. Relações comerciais são uma coisa, outra coisa é dar apoio político as ações imorais ou criminosas que esses dirigentes promovem. Quanto a essas últimas, o governo brasileiro já demarcou muito bem o limite.
Um comentário:
O pretexto Ahmadinejad
A camada mais visível das críticas à visita do presidente iraniano remonta à política de “fatos consumados” financiada por Israel junto aos meios de comunicação internacionais. Resumindo, trata-se de utilizar o Holocausto como salvo-conduto para as pretensões expansionistas do governo israelense.
No substrato dessa novela muito reprisada, esconde-se o atribulado contexto geopolítico americano, talvez no momento mais delicado desde as redemocratizações nacionais. Não há qualquer coincidência, muito menos condenação possível, no fato de os interesses estadunidenses serem contrariados quando o governo Obama permite um golpe de Estado no continente e instala bases militares para policiá-lo.
O discurso dos direitos humanos serve a conveniências hipócritas. Se observado o sofrimento das minorias e de inocentes, nenhum governante do planeta seria recebido em qualquer país. Transformar diplomacia em panfletagem étnica esconde interesses que, estes sim, podem levar a consequências muito desastrosas.
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