sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Luiz Sefer depõe hoje

No AMAZÔNIA:

Acusado de torturar e molestar uma garota por três anos dentro de sua própria casa, o médico e ex-deputado Luiz Sefer presta depoimento hoje, a partir das 8h30, à Justiça. Dos nove aos 12 anos de idade, a garota teria sofrido vários tipos de violência até finalmente denunciar o caso, que veio à tona no início deste ano. Este será o primeiro depoimento de Sefer em juízo. O ex-deputado segue negando a acusação.
A audiência de hoje será presidida por Maria das Graças Alfaia Fonseca, juíza da Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes de Belém, acompanhada pela promotora Sandra Fernandes de Oliveira Gonçalves, que atua no caso desde setembro, em substituição ao promotor Fabiano Amiraldo Silva. Se Sefer, por conselho jurídico ou quaisquer motivos, não comparecer à audiência, a juíza pode mandar buscá-lo coercitivamente.
Além de Sefer, outras testemunhas prestarão depoimento sobre o caso. Uma delas é a psicóloga Sara Bahia, que atendeu a vítima e servirá como trunfo da acusação. As outras duas foram apontadas pela defesa do ex-deputado. Entre elas, a irmã da garota, que segundo informações de Osvaldo Serrão, advogado de Sefer, foi molestada pelo pai várias vezes anteriormente.
Desqualificação - O advogado de defesa assegura que Sefer contará pela primeira vez à Justiça sua versão sobre a acusação, nacionalmente conhecida a partir de uma investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia em Belém. Desde o início do ano, quando a verificação tomou efeito, a vítima está amparada pelo programa federal de proteção de vítimas e testemunhas.
Na audiência de hoje, a intenção da defesa é desqualificar a vítima por meio do depoimento de duas testemunhas: a irmã e um conhecido da garota. A dupla deve contar sobre a vítima, alegando que ela já possuía uma vida sexual antes de morar na casa do então deputado.
Em abril deste ano, Luiz Sefer renunciou ao seu quarto mandato consecutivo de deputado estadual na Assembleia Legislativa. No dia 26 do mês seguinte, o ex-deputado foi preso no Rio de Janeiro, por conveniência de instrução processual, mas foi libertado dois dias depois, depois de conseguir habeas corpus.
A previsão da promotora Sandra de Oliveira Gonçalves é concluir a instrução processual até o início de 2010.

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