No AMAZÔNIA:
O novo salário mínimo, de R$ 465,00, aquecerá as vendas no comércio em meio à crise financeira mundial e ao já tradicional pior trimestre do ano para o setor (janeiro a março). Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), o reajuste de 12,05% injetará cerca de 60 milhões de reais por mês na economia paraense durante os próximos 12 meses. Boa parte desse montante será direcionado ao comércio. A boa perspectiva foi corroborada ontem por dois representantes do setor.
Joy Colares, vice-presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belém (Sindilojas), é otimista. 'Esse reajuste do salário mínimo será positivo para nós em todos os sentidos, primeiro porque ele aumenta o poder de compra de uma grande parcela da população', afirmou. O vice-presidente do Sindilojas diz, ainda, que o aumento veio em um bom momento não só para o setor como para a economia no geral. Entretanto, a mudança pode prejudicar os índices de emprego.
'Acho que a atitude foi positiva, porque ajuda a injetar dinheiro na economia e, consequentemente, espantar a crise financeira. Ainda mais nesse período, que sempre é o pior para o comércio. Porém, com o reajuste, aquele empresário que poderia contratar alguém já não deve contratar, pelo menos por enquanto, pois vai pesar no orçamento. Mas não significa que teremos demissão, apenas não devemos ter muitas contratações. Até porque, vale lembrar que o comércio de Belém ainda não sentiu a crise econômica'.
Para Joy Colares, os benefícios do reajuste de mais de 12% no salário da maioria dos trabalhadores serão sentidos pelo setor durante um bom tempo. 'Já no final desse mês, quando os salários começarem a ser pagos, teremos uma injeção maior no comércio. Iremos presenciar um crescimento do poder de compra do consumidor. Sempre que há o reajuste o comércio sai ganhando'.
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