A melhor pesquisa de intenção de votos, com todo o respeito, é a minha.
Pesquisa boa é aquela que eu quero que seja boa. E ponto final.
Essa conclusão sobressai claramente da reação de petistas, bolsonaristas, moristas (ou seria morosistas?) e ciristas a cada pesquisa de intenção de votos que é publicada por aí.
Vejam as redes sociais.
Sintonizem veículos mais, digamos assim, engajados, como essa direitista Jovem Pan News, a nossa Bozo News, versão tupiniquim da Fox News, cidadela do trumpismo nos Estados Unidos.
Tanto nas redes sociais como nos veículos engajados, as pesquisas são tidas como verazes, reais, precisas e definitivas pelos petistas. Para os demais, os números colhidos não passam de invencionices.
E mais: quando os próprios pré-candidatos que estão na rabeira das aferições se pronunciam, normalmente dizem, quando confrontados com as pesquisas que lhes são desfavoráveis: "Não são o que dizem os números que eu tenho". Ou então: "Não é aquilo que eu sinto nas ruas".
Ainda há pouco, expondo a sua abalizada, ponderada e serena avaliação de uma pesquisa na Bozo News, o fanático bolsonarista Rodrigo Constantino, ao comentar números de aferição recente que confirma a liderança de Lula sobre os demais concorrentes, disse que não acreditava na pesquisa. Mas, então, por que não apresenta uma qualquer, encomendada por ele mesmo?
Sinceramente, acho as pesquisas - aquelas feitas, obviamente, por institutos sérios - um ótimo instrumento de referência sobre o andamento de uma campanha eleitoral.
Não me miro nelas como se fossem infalíveis. Até mesmo porque não pode ser infalível uma aferição incapaz de prever as imprevisibilidades decorrentes das emoções e dos juízos humanos. Mas pesquisas sérias, repito, podem nos propiciar bons elementos para avaliar a performance de candidatos a cargos eletivos.
No geral, no entanto, é como se disse no início: pesquisa boa é aquela que os torcedores eleitorais querem que seja boa.
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