Bolsonaro é o charlatanismo.
É a epidemia com resultado morte.
É a infração a medidas sanitárias preventivas.
Bolsonaro também é emprego irregular de verba pública - portanto um corrupto.
É a incitação ao crime.
É a falsificação personificada de documentos particulares.
É uma compilação de crimes de responsabilidade (violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo).
Bolsonaro, enfim, é o próprio crime contra a humanidade (nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos.
São esses nove crimes, todo devidamente tipificados, configurados, documentados e fundamentados tecnicamente, que constam do relatório da CPI da Covid, apresentado há pouco, no Senado, pelo relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL).
O relatório ainda vai ser objeto de discussão e merecerá, certamente, vários votos em separado. Mas, quando vier a ser efetivamente votado, dificilmente apresentará mudanças substanciais. E se for condenado por esses crimes, Bolsonaro pegará mais de 70 anos de cana.
É muito?
Não é. É pouco.
É muito pouco para um cidadão que desmerece o cargo que ocupa, que debocha do povo brasileiro, que envileceu e vilipendiou cruelmente, selvagemente as mais de 600 mil vítimas que já pereceram de Covid-19, uma doença que ele jamais reconheceu, por estar contaminado, infectado pelo mais nocivo, mais deletério, pernicioso e letal negacionismo.
Na sessão da CPI, Renan leu apenas uma pequena parte das 1.179 páginas do documento, que agora ficará disponível por uma semana aos demais integrantes do colegiado. A votação do texto - que será nominal e ostensiva - está marcada para a próxima terça-feira (26). Na mesma data, também serão apresentados votos em separados de outros parlamentares.
O relator identificou 29 tipos penais e sugeriu o indiciamento de 66 pessoas, incluindo deputados, empresários, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga. Foram apontados ainda crimes cometidos por duas empresas: a Precisa Medicamentos e a VTCLog.
Um vez votado e aprovado, o relatório, devidamente instruído como os documentos que o ampararam, será remetido à Procuradoria-Geral da Republica, que então poderá prosseguir com as investigações e apresentar as eventuais denúncias.
Para ver a relação completa dos indiciados, clique aqui.
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