Meus caros.
Eu confesso: não estou entendendo absolutamente
nada. E por isso peço a vocês, leitores do Espaço
Aberto, que me ajudem a entender, se forem capazes:
É o seguinte.
Diante da possibilidade - cada vez menos remota
- de que Temer não conclua seu mandato, o que ocorrerá se a chapa dele e de
Dilma for cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o nome de Fernando
Henrique Cardoso começa a despontar como uma espécie de salvador da Pátria, que
seria eleito soberanamente pelo Congresso Nacional para cumprir o final de
mandato.
Mamãããããããããeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee - começam a
berrar os que, como o repórter aqui, não estão entendendo absolutamente nada
Presume-se que FHC seja o nome mais indicado -
senão o único - na face do Planeta para comandar a transição, porque teria um
perfil talhado para aplacar ódios, oposições desvairadas e resistências sem
fim, conduzindo o País em harmonia até as eleições de 2018.
E isso?
Mas já combinaram com os russos?
Já combinaram com russos que enxergam,
entreveem, vislumbram e personificam em FHC o repositório incomparável do que
haveria de mais abominável na política brasileira?
Entre os russos, estão petistas que pensam assim
e sentem-se nauseados apenas de ouvir falar em FHC. Como também toda a
esquerda, que dificilmente se une para alguma coisa, como vocês sabem, mas
talvez unisse seus discursos e suas práticas para barrar a mais remota
possibilidade de FHC voltar a ser presidente, mesmo numa situação excepcional,
como a que seria sua eleição indireta pelo Congresso Nacional.
Ontem mesmo, na página 3 de seu primeira
caderno, uma das mais nobres do jornal, a "Folha de S.Paulo" traz artigo
assinado por Xico Graziano, que foi deputado federal (PSDB) e chefe de
gabinete da Presidência da República no governo FHC.
De saída, reconheça-se um notável mérito no
articulista: ele confessa que é parcial, porque amigo, seguidor, admirador e
liderado de FHC.
Diz Graziano:
Mantenho
atualmente com ele as melhores relações de amizade, respeito e admiração.
Auxilio-o defendendo seu legado nas redes sociais.
Sigo
sua liderança e me espelho no exemplo do homem que tem sido capaz de se
reinventar a cada instante, tendo se tornado o ponto de equilíbrio dessa nação
esfacelada pela crise econômica, social e política.
Acrescenta ainda:
FHC
representa a decência na vida pública. Esse é o maior desejo do brasileiro.
Viver num país com civilidade, honestidade, princípios. Um país que ofereça
oportunidades, gere bem-estar, dê segurança. Um país tolerante, respeitoso,
diverso, unido na defesa da cidadania.
[...]
Sejamos
realistas: ou surge um oportunista de última hora, um salvador da pátria, um
vendedor de ilusões, ou corremos o risco de ficar na pasmaceira da política
tradicional.
Fernando
Henrique é o amálgama do dilema brasileiro. Está velho demais, pode-se
argumentar. Bobagem. É o mais espairecido dos velhos políticos. Malgrado sua
idade, não perde sua inventividade. É o cara.
Volta,
FHC.
Hehe.
Vejam só: o blog não está fazendo o mínimo
juízode valor sobre o caráter de FHC e sua trajetória na vida, incluindo os
dois mandatos presidenciais.
O Espaço Aberto está apenas querendo compreender
como se pode cogitar um nome que desperta radicalismos e repulsas em amplos
segmentos.
Mas, pelo que estão falando, parece até que FHC
já assume na próxima semana.
Mas o que dizem os russos?
Agora vocês entendem porque o repórter não está
entendendo nada?
3 comentários:
Vou embora pra passárgada.
Só volto quando detonarem TODA ESSA CAMBADA , incluindo todos os podres poderes.
Eu adoraria!
Dizem que pr e pmdb estariam bolando essa jogada. É ruim, péssimo, mas poderia ser pior.
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