Após várias reuniões e avanços com as equipes do
Governo do Pará, empresários da Cevital se reuniram nesta terça-feira, 8, com o
presidente da República, Michel Temer, em Brasília, para apresentar o projeto
de implantação de uma indústria siderúrgica na cidade de Marabá, sudeste
paraense.
O encontro foi destaque em sites de notícias
nacionais. Em entrevista ao Portal Planalto, o diretor executivo da Cevital,
Issad Rebrab, ressaltou que nenhum país da América Latina possui uma produção
dessa especificidade. "Nós pretendemos fazer uma transferência de
tecnologia para a produção em Marabá, no Brasil”. O investimento estimado é R$
4,5 bilhões.
Há meses, Governo e Cevital negociam a
implantação dessa siderúrgica em Marabá. Secretário de Estado de
Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Adnan Demachki, avalia
que cada passo é importante no processo e tem articulado o esforço coletivo do
Estado como contrapartida ao interesse da Cevital em construir e gerir o
funcionamento do empreendimento.
O Estado tem mostrado ampla transparência no
processo, e há meses já vem trabalhando paa criar um ambiente favorável à
chegada do empreendimento argelino.
Em março deste ano, o Estado firmou um protocolo
de intenções com a Vale, em que a empresa se comprometeu com iniciativas como
fornecer o minério de ferro, com preços competitivos, a fim de contribuir para
a construção de um Complexo Industrial Siderúrgico no sudeste paraense.
Atualmente, o Executivo paraense se empenha em
viabilizar a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Marabá; analisa
incentivos fiscais; licenciamentos ambientais e a resolução judicial das áreas
disponíveis para o empreendimento.
“O papel do Estado é criar as condições físicas,
jurídicas e de logística para que haja atratividade da região de Marabá para a
implantação da indústria, pois a empresa deverá ter competitividade para fazer
frente junto às siderúrgicas chinesas’’, frisou.
Demachki ainda observou que não só a região de
Marabá, mas todo o Pará poderá ganhar com a chegada da usina, caso o projeto
tenha êxito. “Estamos nos comprometendo, mais uma vez, com as demandas que nos
exigem tempo, energia, dinheiro e muito diálogo, entre nós da administração
pública e até com outras esferas administrativas”, acrescentou Adnan.
O complexo siderúrgico destinará a produção de
trilhos para a América Latina, além de outros produtos derivados do aço, que
serão enviados aos mercados europeu e africano por meio de unidades do grupo na
Itália e na Argélia.
O projeto apresentado ao presidente Temer prevê
a geração de 20 mil empregos durante a construção da fábrica. A partir do
momento que estiver pronta e funcionando, seriam 2,6 mil empregos diretos e
milhares de empregos indiretos na região de Marabá.
A presença dos representantes da Cevital em
Brasília mostra o interesse do Grupo na busca de apoio das autoridades federais
ao projeto. A Cevital, gigante do agronegócio na Argélia, já possui uma
siderúrgica na região da Toscana, na Itália.
Em maio de 2015, o governador Simão Jatene na
companhia de Adnan Demachki e outros secretários estaduais visitaram o Complexo
Agroindustrial da Cevital, em Bejaia, na Argélia, ocasião em que Jatene
convidou a empresa a se implantar em Marabá, a partir de sua experiência bem-sucedida
na Itália.
Fonte: Ascom/Sedeme
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