terça-feira, 8 de novembro de 2016

FHC como presidente da transição? Contem outra.


Meus caros.
Eu confesso: não estou entendendo absolutamente nada. E por isso peço a vocês, leitores do Espaço Aberto, que me ajudem a entender, se forem capazes:
É o seguinte.
Diante da possibilidade - cada vez menos remota - de que Temer não conclua seu mandato, o que ocorrerá se a chapa dele e de Dilma for cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o nome de Fernando Henrique Cardoso começa a despontar como uma espécie de salvador da Pátria, que seria eleito soberanamente pelo Congresso Nacional para cumprir o final de mandato.
Mamãããããããããeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee - começam a berrar os que, como o repórter aqui, não estão entendendo absolutamente nada
Presume-se que FHC seja o nome mais indicado - senão o único - na face do Planeta para comandar a transição, porque teria um perfil talhado para aplacar ódios, oposições desvairadas e resistências sem fim, conduzindo o País em harmonia até as eleições de 2018.
E isso?
Mas já combinaram com os russos?
Já combinaram com russos que enxergam, entreveem, vislumbram e personificam em FHC o repositório incomparável do que haveria de mais abominável na política brasileira?
Entre os russos, estão petistas que pensam assim e sentem-se nauseados apenas de ouvir falar em FHC. Como também toda a esquerda, que dificilmente se une para alguma coisa, como vocês sabem, mas talvez unisse seus discursos e suas práticas para barrar a mais remota possibilidade de FHC voltar a ser presidente, mesmo numa situação excepcional, como a que seria sua eleição indireta pelo Congresso Nacional.
Ontem mesmo, na página 3 de seu primeira caderno, uma das mais nobres do jornal, a "Folha de S.Paulo" traz artigo assinado por Xico Graziano, que foi deputado federal (PSDB) e chefe de gabinete da Presidência da República no governo FHC.
De saída, reconheça-se um notável mérito no articulista: ele confessa que é parcial, porque amigo, seguidor, admirador e liderado de FHC.
Diz Graziano:

Mantenho atualmente com ele as melhores relações de amizade, respeito e admiração. Auxilio-o defendendo seu legado nas redes sociais.
Sigo sua liderança e me espelho no exemplo do homem que tem sido capaz de se reinventar a cada instante, tendo se tornado o ponto de equilíbrio dessa nação esfacelada pela crise econômica, social e política.

Acrescenta ainda:

FHC representa a decência na vida pública. Esse é o maior desejo do brasileiro. Viver num país com civilidade, honestidade, princípios. Um país que ofereça oportunidades, gere bem-estar, dê segurança. Um país tolerante, respeitoso, diverso, unido na defesa da cidadania.
[...]
Sejamos realistas: ou surge um oportunista de última hora, um salvador da pátria, um vendedor de ilusões, ou corremos o risco de ficar na pasmaceira da política tradicional.
Fernando Henrique é o amálgama do dilema brasileiro. Está velho demais, pode-se argumentar. Bobagem. É o mais espairecido dos velhos políticos. Malgrado sua idade, não perde sua inventividade. É o cara.
Volta, FHC.

Hehe.
Vejam só: o blog não está fazendo o mínimo juízode valor sobre o caráter de FHC e sua trajetória na vida, incluindo os dois mandatos presidenciais.
O Espaço Aberto está apenas querendo compreender como se pode cogitar um nome que desperta radicalismos e repulsas em amplos segmentos.
Mas, pelo que estão falando, parece até que FHC já assume na próxima semana.
Mas o que dizem os russos?

Agora vocês entendem porque o repórter não está entendendo nada?

3 comentários:

  1. Vou embora pra passárgada.
    Só volto quando detonarem TODA ESSA CAMBADA , incluindo todos os podres poderes.

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  2. Dizem que pr e pmdb estariam bolando essa jogada. É ruim, péssimo, mas poderia ser pior.

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