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Ela começou o ano como a "mãe do PAC" e terminou como a escolhida de Lula. Sim, Dilma Rousseff é a candidata do presidente à sua sucessão, como finalmente admitiu o próprio, em novembro. Mas 2008 não trouxe apenas boas notícias para a ministra-chefe da Casa Civil. Em março, ela esteve às voltas com um escândalo que ameaçou respingar nas suas costas – já naquele tempo quentes, mas não tanto. Pouco depois de vir à tona a denúncia de que ministros do governo estavam usando cartões corporativos com finalidades indevidamente recreativas, um grupo de assessores da Casa Civil, supostamente a título de revanche, foi encarregado de escarafunchar os arquivos do Palácio do Planalto. Aparentemente, a idéia era encontrar gastos igualmente pouco republicanos do ex-primeiro casal Fernando Henrique Cardoso e, assim, constranger a oposição. Sendo a Casa Civil o domínio da ministra e estando sua principal assessora diretamente envolvida no imbróglio, era de esperar que sobrasse para ela. Tudo se resolveu milagrosamente, porém, quando uma sindicância interna – da Casa Civil – concluiu que o dossiê não era dossiê e, sim, um "banco de dados", embora ninguém tenha entendido que diferença isso faz. No mês em que o escândalo do dossiê – quer dizer, do banco de dados – estourou, um levantamento do Datafolha apontou que Dilma tinha míseros 4% de intenção de votos. No início de dezembro, uma nova pesquisa feita pelo mesmo instituto mostrou um crescimento de 8 pontos em torno do seu nome. O PAC pode ter terminado o ano cambaleante. Mas Dilma Rousseff, essa sim, acelerou e cresceu, no melhor cenário.
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