No AMAZÔNIA:
Portadores de esclerose múltipla, doença neurológica crônica que afeta o sistema nervoso central e compromete diversas atividades, como a motora e visual, reclamam a falta de remédio no Centro de Referência de Esclerose Múltipla, mantido pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), no Hospital Ofir Loyola, em Belém. A medicação reivindicada não é vendida em farmácias comuns e chega a custar R$ 6 mil.
Atualmente o tratamento pode ser feito com diversas substâncias injetáveis. Entre elas está o acetato de glatiramer, que apenas dois pacientes usam no Pará. O kit com 30 injeções a base de glatiramer do professor de educação física e vice-presidente da Associação Paraense de Esclerose Múltipla, Rômulo Damasceno de Araújo, terminou há 15 dias. A empresária Ana Laura Oliveira Neno também enfrenta dificuldades por falta de medicação.
Ela tem ampolas para mais uma semana e para economizar, a portadora da doença passou a tomar uma dose do remédio de dois em dois dias. Segundo Rômulo Damasceno, apenas esse ano, o tratamento da doença foi interrompido três vezes por falta de remédio. 'É uma vergonha! Eu e a Ana usamos uma caixa por mês. São 24 caixas por ano. Por que não compraram o remédio se sabem que a gente não pode mudar de medicação?', questiona.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sespa), o remédio deixou de ser oferecido porque o laboratório que o fabrica no Brasil, localizado em Recife, parou as atividades pelo recesso de fim de ano. A secretaria ainda informou a solicitação já foi feita e que o remédio estará disponível aos pacientes no mês de janeiro.
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