O Espaço Aberto estava certo ao adiantar, primeiro no final da manhã de sábado, depois no início da noite do mesmo dia, que a Polícia Federal não terá mais qualquer participação no esquema preventivo para evitar que os camelôs voltem à Avenida Presidente Vargas, a menos que seja intimada a fazê-lo por instância competente da Justiça Federal.
Essa tarefa deverá ser assumida – como de fato já o foi – pela Secretaria de Economia do Município (Secon), com o auxílio da Guarda Municipal.
Esta segunda-feira, verdadeiramente, é o dia “D” para a Prefeitura de Belém. Na sexta-feira, a rigor, não foi nem preciso a Polícia intervir. Os ambulantes chegaram à Presidente Vargas, viram que a PF já ocupava a frente dos Correios e se limitaram a ficar na defensiva, em protestos que se voltaram contra lojistas da área.
O que deve mesmo ter ecoado durante o final de semana, nos ouvidos, nos corações e nas mentes das autoridades do município, foi o disse a proprietária de um cyber-café localizado às proximidades da Presidente Vargas: “Eles [os camelôs] disseram que não vão deixar nada abrir hoje, nem o shopping. Também disseram que na segunda-feira vai ser pior”, afirmou.
Ontem à noite, houve um aperitivo do que pode acontecer hoje: a Secon informou que um grupo de pessoas agrediu e ameaçou trabalhadores da prefeitura que recuperavam a calçada em frente aos Correios, no que a prefeitura diz ser o início da revitalização (agora, tudo é revitalização) da Avenida Presidente Vargas.A Secon acusou o deputado estadual Carlos Bordalo (PT) de incitar o grupo a hostilizar os operários. Bordalo, em nota, negou e disse que a prefeitura mentia ao divulgar tal informação.
Um comentário:
As ações tomadas pelo Prefeito Duciomar lembram muito as estratégias definida em "O Príncipe" de Maquiavel.
Isso fica bem evidente quando manda quebrar todas as claçadas da Presidente Vargas para bloquear o acesso dos trabalhadores.
As ações iniciais de Duciomar caminhavam para um processo de diálogo, quando transferiu os trabalhadores da Assis de Vasconcelos criando o Restaurante Popula. Mas de fato mudou de estratégia e acaba por mostrar-se uma pessoa sem memória histórica, fazendo retornar um modelo de "rapa" matrix.
Contudo, existe de fato solução para mediar o conflito e ela passa pro dialogar intensamente com os trabalhadores na discussão do projeto da Palmeira, em formato de mini-lojas, além do terreno do Basa que já está de volta ao domínio da PMB.
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