Assessores jurídicas da Prefeitura de Belém estão reunidos neste exato momento. Já estão, aliás, há algum tempo conversando. Participam representantes da Guarda Municipal de Belém e da Secretaria Municipal de Economia.
Discutem o que fazer para manter a Avenida Presidente Vargas livre de camelôs a partir de segunda-feira, quando eles prometem fazer protestos - desta vez com o reforço de ambulantes da João Alfredo e da Santo Antônio - e retomar os espaços de onde foram obrigados a sair por decisão do desembargador Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Até agora, o entendimento predominante entre os assessores jurídicos da Prefeitura é o de que a Polícia Federal é que deve montar uma operação preventiva para impedir que a área em frente aos Correios e o restante da avenida voltem a ser ocupadas.
Esse entendimento, que é provisório, vale ressaltar, contraria o que já foi informado ao blog, hoje pela manhã, pela Assessoria de Imprensa da Polícia Federal, segundo a qual a participação da PF no episódio já se esgotou e que, daqui para a frente, cabe à Secretaria de Economia adotar as medidas preventivas a seu encargo.
ATUALIZAÇÃO ÀS 19:42:
Terminou há pouco a reunião dos assessores jurídicos da Prefeitura de Belém. Prevaleceu o entendimento da PF, conforme adiantara o blog, no final da manhã de hoje. Realmente, caberá à prefeitura, inteiramente a ela, adotar esquema preventivo para evitar que os camelôs voltem à avenida. Ou seja, a participação da Polícia Federal cessou com a retirada dos ambulantes da Presidente Vargas.
Será adotado um esquema de “fiscalização ostensiva”, segundo informado ao poster.
A Guarda Municipal, com a utilização de veículos, e fiscais da Secon estarão durante toda a segunda-feira rondando pela Presidente Vargas. Transeuntes serão orientados a informar aos fiscais sobre qualquer camelô que arme sua barraca. Quando flagrado, o ambulante será informado de que não poderá ficar ali. A força, garantem ao poster, será usada apenas em situações extremas. A orientação é dissuadir os resistentes pelo diálogo.
Isso é o que está combinado até agora. Se vai dar certo, só na segunda-feira é será possível saber.
Isso lembra aquela história antiga que se conta. O técnico Feola chamou o Garrinha, na Copa de 1958, e deu mais ou menos a seguinte instrução.
- Mané, vão pegar a bola no meio-campo, esticar um passe lá para a ponta-esquerda, o ponta vai cruzar para o meio da área, um zagueiro adversário vai cortar, alguém do nosso time pega a bola e dá o passe a você. Você pega a bola, dribla uns três ou quatro e faz o gol. Só isso.
E o Mane, sábio como ele só:
- Mas, professor, já combinaram tudo isso com os homens (os adversários)?
Pois é isso. Já combinaram com os homens (os camelôs)?
Nenhum comentário:
Postar um comentário