Os camelôs estão de volta com todas as suas tralhas para a Avenida Presidente Vargas, informa o Portal ORM agora de manhã.
Atribui-se a mobilização a um entendimento muito particular – e peculiar - dos ambulantes sobre a decisão do desembargador federal Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Eles acham – ou seus advogados tentam fazêlos achar – que a decisão judicial limitou-se a ordenar a retirada dos ambulantes apenas da frente do prédio dos Correios.
Decisões judiciais, para serem cumpridas em plenitude, precisam ser entendidas. E os ambulantes, das duas uma: ou não entenderam direito o que consta da intervenção da Justiça ou então se fazem de desentendidos para insistirem na retomada do espaço que perderam.
Ontem, eles já foram à Câmara Municipal para pedir que suas excelências, os vereadores de Belém, “rasgassem em pedacinhos” a decisão judicial. Se os parlamentares atendessem a esse apelo ao pé da letra, isso não teria e não terá efeito nenhum, a não ser aumentar, pouca coisa, o volume de lixo do Legislativo municipal.
Pior do que isso: no final da tarde de ontem, circulou a informação de que os camelôs estava se dirigindo à Justiça Federal, em Belém, “para falar com o juiz”.
O “juiz”, no caso, seria o desembargador Souza Prudente, que tem seu gabinete instalado em Brasília, a capital da República, plantada no Planalto Central do Brasil.
Está certo que os camelôs não sejam obrigados a compreender o alcance e o sentido de certas decisões judiciais. Não são obrigados nem a saber que juiz é juiz, desembargador é desembargador.
Mas é preciso que alguém lhes diga que o desembargador Souza Prudente trabalha em Brasília. E que Brasília não é Belém. E Belém não é Brasília.
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