sexta-feira, 24 de junho de 2022

"Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa". Essa pode ter sido a senha para o início do fim de um dos governos mais corruptos da história do Brasil.


Analistas de todos os matizes - inclusive, vale destacar, os antibolsonaristas - têm insistido na tese de que Bolsonaro tem um enorme poder de resiliência.
Traduza-se: acham que, se ele não fosse ele, Bolsonaro já teria derretido há muito tempo, senão mesmo já teria até sofrido um impechment, tal o potencial destrutivo, deletério, devastador, pernicioso e assolador de seu (des)governo, o pior dos últimos 4.500 anos de história do Brasil.
Essa avaliação não é de todo desprovida de fundamento, considerando-se que, muito embora seja o que é - o pior governante do Brasil em 400 milênios -, Bolsonaro ainda consegue manter aquele eleitorado cativo, em torno de 30% de fanáticos que o apoiam incondicionalmente.
Mas toda resiliência tem limites.
E o limite da resiliência do Incorruptível pode ser o escândalo tsunâmico que vai se desenhando, após revelar-se que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, preso na última quarta-feira (22) por suspeita de corrupção no MEC, disse no dia 9 de junho, em conversa com uma filha, que recebeu uma ligação de Jair Bolsonaro(PL) em que o presidente dizia temer ser atingido pela investigação da Polícia Federal contra Ribeiro.
"A única coisa meio... hoje o presidente me ligou... ele tá com um pressentimento, novamente, que eles podem querer atingi-lo através de mim, sabe? É que eu tenho mandado versículos pra ele, né?", disse Ribeiro para a filha. O trecho está em investigação da Polícia Federal.
"Ele quer que você pare de mandar mensagens?", pergunta a filha.
"Não! Não é isso... ele acha que vão fazer uma busca e apreensão... em casa... sabe... é... é muito triste. Bom! Isso pode acontecer, né? Se houver indícios, né?", afirmou o ministro.
Isso é um escândalo.
É um crime sem tamanho.
É a prova - indesmentível, insofismável, irretorquível, robusta e sólida - de que o governo corrupto de Bolsonaro sempre interferiu e interfere na Polícia Federal, conforme já acusara, aliás, seu então ministro Sergio Moro, ao desligar-se da Pasta da Justiça.
É urgente, inadiável, inapelável e imprescindível a abertura de uma CPI, se possível mista, para apurar as responsabilidades do presidente da República por violação de sigilo e obstrução da Justiça.
É urgente.

Um comentário:

Mirika Bemergui disse...

Bolsonaro O maior PILANTRA da historia da República do Brasil!!Tem que pagar pelos seus inúmeros crimes ao Brasil e aos brasileiros!!