Assisti a uma boa parte do depoimento prestado, nesta terça-feira (18), pelo ex-ministro das Relações Exteriores, esse deplorável, caricato, implausível, negacionista e fanático Ernesto Araújo.
Foi patético, sinceramente.
Foi um depoimento patético de um patético serviçal do governo Bolsonaro, que passou seus poucos mais de dois anos como chanceler dedicando-se a pregar e cultivar um isolacionismo que teve, concretamente, duas consequências.
A primeira: fazer do Brasil um pária internacional, alinhando-o à escória do fanatismo conservador. Um fanatismo capaz de achar, como chegou a proclamar em alto e bom som o então ministro, que nazismo e fascismo foram de esquerda.
A segunda: embaraçar, obstaculizar, atrapalhar e sabotar a compra de vacinas pelo governo do Brasil. O resultado: mais de 430 mil vidas perdidas para a pandemia.
De outra forma, o depoimento foi ótimo por duas razões.
A primeira: porque Araújo não titubeou - ao contrário, foi até muito enfático - em jogar nos peitos do então ministro Eduardo Pazuello as tratativas referentes à compra de vacinas, dizendo que não teve responsabilidade nessa área.
A segunda: porque oportunizou a senadores como Kátia Abreu (PP-TO) e Rogério Carvalho (PT-SE) usarem cerca de 40 minutos, vinte cada um, para lavar a alma nacional, dizendo a Ernesto Araújo tudo o que ele de fato precisa ouvir: que foi o pior ministro das Relações Exteriores do Brasil em 500 anos e, portanto, conseguiu destruir a histórica e positiva reputação do País no campo das relações internacionais.
Para quem assistiu à fala do ex-ministro - no todo ou em parte -, o melhor, porque desestressante, foi ter recebido, como eu recebi, o vídeo acima, em que Marcelo Adnet, imitando o intragável Galvão Bueno, faz uma narração do depoimento.
Simplesmente cômico!
Ainda bem que temos algum motivo para rir depois de assistirmos a um personagem como Ernesto Araújo depor numa CPI.
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