Há pelo menos uma – apenas uma – e principal,
exponencial razão que soterra completamente a versão do presidente da República
de que não teria incorrido em grave deslize ético na conversa de quase 40
minutos que travou, no final da noite, com o empresário Joesley Batista no
aconchego do Palácio do Jaburu.
A razão é esta: à primeira menção de Batista
sobre o pagamento de propinas, Temer deveria ter mandado que ele se retirasse
da residência oficial.
Mas não.
O presidente da República Federativa do Brasil
ouviu pacientemente, por 40 minutos, um empresário ousado relatar delinquências
que incluíram o pagamento de propinas para comprar personagens de diversos
fazeres na República.
Sabem aquela frase – “Tem que manter isso, viu?”
– que indicaria o estímulo de Temer para que Joesley continuasse a despender um
agrado que alimentaria o silencia de
Eduardo Cunha, que continua preso em Curitiba?
Pelo contexto da conversa, é até possível que o
presidente tenha estimulado Joesley não a continuar pagando propina a Cunha,
mas que continuasse mantendo um bom relacionamento com o ao ex-deputado do
PMDB.
É até possível isso.
Mas, se foi isso mesmo, Temer, de qualquer
forma, estava estimulando Joesley a manter relacionamento com um, digamos
assim, elemento perigosíssimo, já condenado em primeira instância e na
iminência de sofrer várias outras condenações.
Mas, todavia, entretanto, contudo, Temer acha
que sua conversa com um cidadão do caráter de Joesley Batista foi, digamos
assim, inteiramente republicana.
E que não deve renunciar à Presidência da
República.
Que coisa assustadora!
Um comentário:
Perfeito, correto e ponto final.
Exceto....se for alguns "entes e/ou santidades, heróis e deuses" que podem tudo, sabem de quem refiro, o salvador do mundo como nunca se viu nestepaís....
então, FORA TODOS!!!
Ladrões!!! Todos!
Postar um comentário