Estão vendo a plaquinha?
"Não ande colado no veículo da
frente", diz essa, captada pela câmara do Espaço Aberto na mangueira que fica bem no cruzamento da avenida
Nazaré com a travessa Quintino Bocaiúva.
Mas esse aviso é velho, demodé, ultrapassado, sem sentido, despropositado.
O aviso oportuno, didático, pedagógico,
convincente e conveniente, digno de ser afixado em todos os cruzamentos de
Belém seria assim: "Não feche o cruzamento, seu cavalo. Seu cavalo, não
feche o cruzamento".
É basicamente isso, gente.
Um dos maiores problemas do trânsito em Belém
não é, propriamente, andar colado no veículo da frente.
É fechar o cruzamento.
Isso é uma praga.
É uma imbecilidade.
É uma deseducação escandalosa.
É uma ode - uma verdadeira ode - à cavalice no
trânsito.
É uma homenagem à incivilidade de motoristas que
deveriam ser postos numa jaula e ficarem lá, andando sozinhos de um lado para o
outro e parando em cruzamentos imaginários, para que aprendessem a ter bom
senso e a não desrespeitar os outros.
Todo dia, a qualquer hora, podemos flagrar
cavalices que fecham o cruzamento em Belém.
Um espanto.
3 comentários:
Caro Paulo
Em geral, estou em sintonia com as tuas posições sobre as questões de transito e quetais. Hoje, infelizmente não. Prezo muito os queridos cavalos, da ordem dos perissodáctilos e da espécie Equus Caballus.
Observo, aqui e agora, que os mesmos, apesar de seus "us" e "ls" dobrados, sequer se preocuparam em dobrar suas vogais ou consoantes por questões numerológicas e outras invencionices idiotas, tais alguns cantores e atores Brasil afora, de modo a terem os seus nomes as 7 letras recomendadas pelas Donas Maira, Mãe Dinah, Pai Zéfredo, a numeróloga do programa da Lucianta , etc, .
Mas voltemos ao mundo animal, o dos cavalos, sempre espertos , inteligentes e queridos, com mais de 55 milhões de anos de existência e 5.500 anos de domesticação. Quem sabe não teria sido melhor eles nos domesticarem? Já viram a docilidade dos cavalos - e das éguas, of course - nas aulas de equoterapia?
A solidariedade deles ao puxar carroças com centenas de quilos a mais do que o recomendável, de modo a permitir o sustento de carroceiros Brasil afora? Puxando as charretes(felizmente acabou) na Ilha de Paquetá, para o deleite dos turistas?
A beleza deles nos desfiles militares ? O respeito que produzem nas manifestações dos jovens que pedem um país melhor? A obediência , ainda que com a raiva reprimida, em conduzir uma tal de general Cruz em ataques aos manifestantes contra a ditadura ?
Tudo isso para discordar das tuas colocações comparando os nobres cavalos a estes merdas que fecham sinais, param em fila dupla, jogam lixo na rua, não utilizam o pisca, etc, etc.
Tampouco , em respeito às demais espécies, poderemos chamá-los de antas, burros, ou outros animais, vez que também incorreríamos em crasso erro.
Assim, bestas é um termo mais adequado, já que não há, no mundo animal, nem mineral, qualquer classificação dessa ordem ou Espécie. Com isso, conseguiremos classificar esta classe de indivíduos imbecis sem entrar na seara do mundo animal, sempre alegre, educada, laboriosa e que tantas alegrias nos dão.
A Ordem é a das bestas, e as espécies poderão ser divididas em quadradas, redondas, azuis, etc.
Kenneth Fleming
Deixando a questão equina de lado, o problema é cultural e educacional. Principalmente em casa. Os pais fazem, o filhos repetem.
O poder público é ausente. Este é o maior problema. Não há equipamentos que multe quem fecha cruzamento.
Infelizmente ninguém contrata agentes de trânsito e sabe-se lá até se existem hoje.
Ou será que quem administra esses órgão são incompetentes mesmo?
Postar um comentário